Rio (2011)
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Venceu o prazo para o Coritiba lamentar o vice-campeonato da Copa do Brasil. Erros do técnico, dos jogadores, do árbitro, de quem quer que seja… Tudo deve ficar de lado a partir de hoje, quando o time passa a ter dedicação exclusiva ao Brasileiro. O 5 a 1 sobre o Vasco dá um lastro mínimo para este recomeço, que pode perfeitamente ser reforçado logo mais, no Engenhão, contra o Botafogo.

Marcelo Oliveira montou o time com pelo menos duas mudanças em relação a quarta-feira. Uma delas, a entrada de Everton Ribeiro no lugar de Marcos Paulo, implica na volta ao esquema tático usado ao longo de toda a temporada. Creio que o Marcelo nunca mais usará três volantes no Coritiba.

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Em relação a Everton Ribeiro, há uma alteração clara de estilo em relação a quando joga Marcos Aurélio ou Anderson Aquino. Everton funciona melhor centralizado, como aconteceu contra o Vasco. Isso deve mandar Davi para um dos lados do campo. Nada grave. A diferença é que do meio pra frente o Coritiba deve optar mais por fazer a bola correr do que por correr com ela nos pés.

A outra mudança é atrás, Demerson por Jéci. Impossível dissociar essa alteração da dedução de que Demerson ficou abaixo do que Marcelo Oliveira esperava contra o Vasco. O problema é que isso acarrete na volta de Jéci. Quem me acompanha sabe que tenho sérias reservas a Jéci. Reconheço sua liderança dentro do grupo, mas considero ele lento e sempre à beira de uma pixotada. Tomara que me desminta.

A formação do Botafogo aumenta esse “risco Jéci”. Herrera é o único homem fixo na frente. Fixo entre aspas, pois sua principal característica é a movimentação no ataque, a ponto de Caio Júnior pedir a ele que fique mais centralizado.

Caio Júnior acabou de achar a formação ideal do Botafogo e agora está tentando que ela seja consistente. O 4-5-1 do Botafogo é um pouco diferente do 4-5-1 do Coritiba. Marcelo Mattos é o único volante mais fixo. A partir daí, o time trabalha com dois trios. Na esquerda, o lateral Cortês, os meias Everton (ex-Paraná) e Elkeson; na direita, o lateral Alessandro (ex-Atlético), o volante Lucas Zen e o meia Maicosuel (ex-Paraná).

Na teoria, é bonito e moderno. Na prática, não funcionou às mil maravilhas contra o Ceará. Everton, Elkeson e Maicosuel são muito bons. Mas Alessandro não é nem sombra daquele de 2001, Cortês é lento e Lucas Zen tem um passe irregular. Apertar Cortês e Lucas Zen é um bom caminho para o Coritiba tomar a bola perto da área botafoguense. Quem também merece uma pressão é a dupla de zaga Antônio Carlos e Fábio Ferreira, duas bombas-relógio, embora endeusados pela torcida do Botafogo porque são daqueles jogadores que beijam o escudo e comemoram como gol qualquer espanada que tire a bola da sua área.

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Em resumo, na bola dá para ganhar, o Botafogo está um nível abaixo do Vasco. Mas hoje o que vai determinar as chances do Coritiba será a capacidade do time de entrar em campo com a cabeça somente no futuro.

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Agora vou almoçar. Daqui a pouco volto para falar de Atlético x Flamengo. Durante os jogos, acompanhe os devaneios do Bola no Corpo no tuíter.