Wendel fez sua grande atuação pelo Paraná
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Os primeiros minutos do jogo deixavam claro que era possível vencer. Com a bola no chão, rolando de pé em pé, o Paraná chegava fácil à área do Barueri. Mas o passe nem sempre saía redondo e a finalização muitas vezes era descalibrada. Veio o gol do Barueri, em um erro coletivo de marcação. Mas ainda assim a vitória continuava ao alcance das mãos. Era só fazer alguns ajustes e virar o placar. Foi o que aconteceu.

O primeiro ajuste, mais decisivo, foi feito no intervalo. Ricardinho trocou Douglas Tanque por Wendel. A lógica indicava que Wendel entraria no meio-campo, com Luisinho e Arthur formando a dupla de ataque. Não foi o que aconteceu. Wendel entrou na posição de Douglas, como uma falso centroavante. Sua função era prender a bola no ataque, servir os companheiros. Wendel fez isso e muito mais. Usou seu corpo para se proteger dos zagueiros e a habilidade para dribá-los. Wendel estava desenganado, parecia mais um flop do Atlético Mineiro. Ricardinho descobriu-lhe uma nova função, no ataque.

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O ajuste seguinte veio após o primeiro gol de Wellington – de pênalti, sofrido por Wendel, que custou a expulsão do goleiro Fernando Leal. O Barueri desistiu de atacar e Ricardinho foi na goela do adversário. Trocou Alex Alves por Maicon. Logo depois tirou Paulo Henrique para a entrada de Cambará.

O Barueri se defendia com oito e atacava com dois. Para isso, bastavam três marcadores – Anderson, Zé Luís e Ricardo Conceição. Os outros sete jogadores de linha se encarregaram de atacar. Cambará na direita, Fernandinho na esquerda, Wellington (mais atrás) e Maicon (mais à frente) pelo meio formavam uma linha de quatro no meio-campo que fazia a bola rodar rápido. Na frente, Wendel era o pivô, enquanto Luisinho e Arthur usavam a velocidade para cair pelas pontas. O gol era questão de tempo. Veio em um pênalti (a meu ver) inexistente, sofrido por Wendel e convertido por Wellington. Viria de qualquer outra maneira, tal era o domínio do Paraná. Um domínio natural, sem afobação.

A segunda vitória seguida levou o Paraná para a metade de cima da tabela. Os resultados do fim de semana determinarão a posição do Tricolor ao fim da rodada, entre 7º e 12º. Tão importante quanto descolar da rabeira da classificação foi descobrir uma nova maneira de jogar. E voltar de Barueri com a certeza de que atacar ainda é a melhor maneira de vencer jogos.