No primeiro post do ano, escrevi que o Bola no Corpo teria algumas novidades que começariam a entrar no ar com o passar dos dias. Agora, preciso confessar algo a vocês: foi uma promessa feita com base na vontade de trazer coisas novas, não em cima de algo realmente concreto. Deixei as ideias amadurecerem um pouco e, bingo!, segue a primeira de não exatamente quantas novas atrações no blog.
De 0 a 10 (sim, é nota), um apanhado do que aconteceu de melhor e pior na rodada. A sessão estará no ar às segundas e sexta-feiras, após a entrada em campo dos nossos times. Por ora, tratará de Campeonato Paranaense. Mais adiante abraçará Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão e tudo mais que tiver o futebol paranaense no meio. Então, chega de conversa mole e vamos em frente.
0 Douglas Coutinho e Keirrison
Os comandantes de ataque de Atlético e Coritiba tiveram um começo de campeonato triste. Isolados e com uma dose grande de preguiça, produziram pouco demais para jogadores que precisam se superar no Estadual. Coutinho tem de ter perseverança para repetir o caminho do ano passado e saltar de vez para o profissional. Keirrison, mostrar que é capaz de suportar uma sequência de jogos com bom futebol. No fim de semana, não apresentaram nada disso.
1 Uniformes do Prudentópolis
O Prude voltou para a primeira divisão estadual com um guarda-roupa de gosto duvidoso. A combinação entre azul piscina e roxo dos jogadores de linha só não é pior que a colcha de retalhos vestida pelo goleiro. E o futebol só colaborou para deixar tudo muito mais feito.
2 Lado esquerdo da zaga do Coritiba
A lateral-esquerda foi um carma do Coritiba de 2013 que passou para o time B do PR14. O titular Timbó machucou na semana de estreia. E o reserva Paulo Otávio levou um baile da dupla Reginaldo-Felipe e Bonfim pouco conseguiu fazer para socorrê-lo. Foi por ali que o Maringá construiu sua vitória sobre o Coxa.
3 Público no Ecoestádio
Não que seja novidade, mas o J. Malucelli começou o Paranaense com sua média histórica de público: 200 pagantes. Com o sol forte do domingo curitibano, era mesmo difícil trocar o Parque Barigui, do outro lado da BR, pelas arquibancadas do Janguito Malucelli. Pelo menos quem fez a troca não se arrependeu.
4 Pisada na bola de Petkovic
O jogo no Newton Agibert se arrastava em um sonolento e irreversível 0 a 0 quando a bola saiu pela linha lateral próximo ao banco de reservas do Atlético. Petkovic esticou a perna para, com a habilidade de ex-craque, dominar a bola… e pisar vergonhosamente na redonda e cair no gramado. Foi o único motivo de vibração no estádio. E Pet ainda levantou reclamando sabe-se lá com quem.
5 Paulo Roberto Alves Júnior
Vi, revi, vi mais uma vez e não consegui achar pênalti na disputa da Luisinho com o zagueiro do Cianorte. Paulo Roberto Alves Júnior viu, marcou e mudou a história do jogo. Pela marcação do pênalti, não por mandar voltar a primeira cobrança de Lúcio Flávio. Houve invasão do jogador do Cianorte. Um acerto dentro do erro.
6 Otávio
Foi o melhor jogador de linha do Atlético em Prudentópolis. Se encaixa no perfil de volante moderno, com poder de marcação e capacidade de armar o jogo em velocidade. Um nome para seguir durante o Estadual.
7 Jogo no Ecoestádio
Faltou público, mas sobrou futebol no Ecoestádio. Foram seis gols. Cinco deles no segundo tempo. Dois depois dos 40 minutos do segundo tempo. E uma vitória certa do Arapongas por 3 a 1 transformando-se em um heroico empate por 3 a 3 para o J. Malucelli.
8 Público no Willie Davids
Não chega a ser uma surpresa, mas a torcida de Maringá mostrou sua força na abertura do campeonato. Os 8.259 pagantes proporcionaram o maior público da rodada e a vitória sobre o Coritiba serve de estímulo para o público continuar comparecendo ao WD.
9 Paraná: matriz e filial
Nenhum torcedor teve mais a comemorar que o paranista. O seu time venceu o Cianorte, por 2 a 0, e lidera o campeonato. O Atlético empatou. O Coritiba perdeu. E o Rio Branco, espécie de filial paranista, derrotou o Londrina no Café, com grande atuação do meia Bismarck e do goleiro Thiago Rodrigues, dois jogadores que pertencem ao Tricolor.
10 Rodolfo
A rodada foi dos goleiros. Marcos (Paraná), Jaílson (Cianorte), Thiago Rodrigues (Rio Branco) e William (Coritiba) tiveram boas atuações. Mas nada que supere Rodolfo. Melhor em campo no Newton Agibert, o capitão rubro-negro segurou o 0 a 0 na estreia e teve a volta aos gramados ideal após uma longa suspensão por doping e a batalha contra o declarado vício em cocaína.
Os prêmios da rodada
Um abraço para o contexto (de melhor frase)
“A palavra moderna no futebol é projeto, e projeto de treinador é vencer”
Ao analisar a derrota para o Maringá, o técnico Zé Carlos, do Coritiba, acabou fazendo troça involuntária com a palavra preferida do ex-superintendente de futebol coxa-branca, Felipe Ximenes. Definitivamente, novos tempos no Alto da Glória.
Foi o Vaterlô (de derrota que encerra uma era)
O grande Londrina de 2013 não existe mais. Se a saída de jogadores importantes (Danilo, Dirceu, Weverton, Bruno, Germano…) não havia sido suficiente, a derrota para o Rio Branco deixou isso muito claro. Não só pelo placar, mas também pelo mal futebol que reavivou um fantasma do ano passado. Derrotas para Coritiba (turno) e Operário (returno) impediram o Londrina, dono da melhor campanha, de chegar à final.
Minha planilha que não falha (de estatística inútil)
J. Malucelli x Arapongas foi o jogo das estatísticas. Teve o menor público (200 pagantes), o maior número de gols (seis), o artilheiro (Vinícius, dois gols), o maior número de gols nos minutos finais (dois) e maior média da rodada de gols/ torcedor pagante: 1 para cada 33,3.
Vai ganhar o Motorrádio (de craque da rodada)
Rodolfo. Grandes defesas, volta ao futebol, vitória na vida particular. O craque da rodada.
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