Thiago Primão e Denner, os artilheiros do clássico vencido pela garotada coxa-branca. (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)| Foto:

Com apenas uma semana de Campeonato Paranaense, o primeiro clássico. Um Paratiba em que o Paraná teve maior posse de bola graças ao meio-campo experiente e talentoso, mas sofreu pelo seu ataque improdutivo. Um Paratiba em que o Coritiba teve basicamente duas chances e mandou as duas para a rede – pela eficiência, mereceu ganhar. Um Paratiba pouco emocionante e com público de dar vergonha. Mas, diria Jardel, clássico é clássico. Então, vamos a um Rodada Bola no Corpo especial, coladinho com o fim do jogo, cheirando a Zig. Amanhã, o Rodada Bola no Corpo normal, com todo o fim de semana do Ruralzão-2014.

CARREGANDO :)

 

Publicidade

 

0 Público no Couto

Ok, é começo de campeonato, fim de mês, o Coritiba jogou com garotos, o Paraná vem de derrota, o ingresso avulso é caro… Dá para fazer um post inteiro de motivos para não ir ao Paratiba. Mas ainda assim, 7 mil pagantes em um clássico é deprimente. Não deu nem para ser o maior público do campeonato.

 

1 Naylhor

Publicidade

O bom zagueiro do Icasa na Série B passou longe do Couto Pereira essa tarde. Mole na disputa com Dudu no lance do primeiro gol, estabanado no pênalti sobre Keirrison que resultou no segundo. O pior do clássico.

 

2 Djair

Mais um jogo sonolento do volante coxa-branca. Sem muita imaginação, lento, passes curtos, joga como se estivesse fazendo um favor ao clube de estar em campo numa tarde ensolarada de domingo. Já ficou para trás de Denner.

 

Publicidade

3 O pênalti do Keirrison

Não falo do lance, pênalti bem marcado. Falo da cobrança. Fraca, mascada, perfeita para a defesa de Marcos. Keirrison é outro que precisa usar estes jogos do Paranaense para dar um impulso na carreira. Parece ainda não ter se dado conta disso.

 

4 Milton Mendes

Demorou demais a intervir no jeito de jogar do time. A primeira substituição foi uma tragédia: 1) Esperou cinco minutos de jogo para uma mudança que poderia ter sido feita no intervalo; 2) Trocou jogadores exatamente com a mesma característica; 3) Tirou o atacante que tinha criado a única chance de perigo no primeiro tempo; 4) Deixou Luisinho, o pior dos três atacantes, em campo. Só mudou o time de verdade aos 21 do segundo tempo, com Fernando Gabriel no lugar de Cambará. O time melhorou, mas teve pouco tempo para reagir.

Publicidade

 

5 Ataque do Paraná

O Paraná tem três atacantes de velocidade que jogam individualmente. Paulo Roberto, Luisinho, Carlinhos, Keno, Júlio César… Todos abusaram de lances individuais, o que facilita a marcação adversária. Sem um homem de referência, o caminho é movimentar as três peças ofensivas constantemente, para furar a defesa.

 

6 Dudu

Publicidade

Fez mais um bom jogo, com destaque para a combinação raça+talento no lance do primeiro gol. Tem jogado mais que Zé Rafael e Thiago Primão, seus concorrentes na disputa por espaço no time titular.

 

7 Carlinhos

O melhor jogador do Paraná. Tentou se mexer um pouco mais, porém faltou alguém para dialogar com ele no ataque. Está se saindo muito bom na dura missão de atuar centralizado no ataque mesmo sem ter físico para isso.

 

Publicidade

8 Denner

Em dois jogos, virou o dono do meio-campo alviverde. É quem dá equilíbrio ao setor, inicia as jogadas de ataque, ocupa melhor espaço defensivo do que Djair. E incrementou tudo isso com um gol de bom posicionamento e finalização precisa. Começa a cavar espaço no elenco principal exatamente em uma função que falta opção lá em cima: volante que sabe armar o jogo.

 

9 William

É o grande nome do Coritiba neste início de campeonato. Especialmente no segundo tempo, segurou o Paraná. Ainda precisa de um acerto melhor com Wallyson e Bonfim. O trio às vezes bate cabeça.

Publicidade

 

10 Comemoração dos garotos

Sejamos sinceros: o clássico foi fraco. Mas para os garotos que estiveram em campo, ficará marcado como o primeiro jogo de maior expectativa, maior pressão. Isso ficou claro na comemoração de Denner na frente da torcida ou no choro de Thiago Primão ao fazer 2 a 0. A sobrevida dos estaduais passa necessariamente por essa garotada.

 

Os prêmios do clássico

Publicidade

Minha planilha que não falha (de estatística inútil)

24 centímetros. A diferença de estatura entre Toty (1,65 m) e Naylhor (1,89 m). Mesmo com quase uma régua escolar de distância, o lateral foi lá conter o zagueiro na reclamação do pênalti que decidiu o clássico.

 

Olha o chute do garoto (de previsão infalível do blogueiro)

Milton Mendes não será o técnico do Paraná na Série B.

Publicidade

 

Um abraço para o contexto (de melhor frase)

“Nosso projeto é esse. Colocar essa piazada pra jogar”

Zé Carlos, técnico do Coritiba e mais um amigo do projeto no Alto da Glória.

 

Publicidade

Vai ganhar o motorrádio (de craque do clássico)

William. Mais um ótima atuação do goleiro alviverde. Se mantiver o bom momento, sai do campeonato como reserva imediato de Vanderlei.

 

*****

Sei que vocês adoram papo de arbitragem em clássico. Não foi deixá-los na mão. Felipe Gomes da Silva amarrou bastante o jogo, o que é o estilo dele. Nos lances mais críticos, porém, ele acertou. Foi pênalti de Keirrison em Naylhor no segundo tempo. E não foi pênalti na disputa de Carlinhos com Bonfim na área do Coritiba (segundo tempo) nem na disputa de Keirrison com Naylhor parte I (no primeiro tempo).

Publicidade