Desde 2005 o São Paulo foi promovido a segundo maior rival do Atlético. Pergunte a qualquer torcedor rubro-negro e você verá que para ele vale mais vencer o Tricolor paulista do que o Tricolor paranaense. O Coritiba, pela proximidade e pelos 87 anos de convivência, é o maior rival, sem dúvida. E dos quatro jogos que o Atlético ainda tem para escapar do rebaixamento, aqueles em que há maior chance de vitória, por serem na Arena, com a torcida ao lado, são exatamente contra são-paulinos e coxas-brancas.
O primeiro a encarar o Atlético no Caldeirão será o São Paulo, logo mais à noite. O melhor caminho para conseguir mais uma vitória sobre os paulistas – já são oito, além de cinco empates, em 13 confrontos na Arena – é o lado direito do ataque. È por ali que joga Guerrón, a mais eficiente arma ofensiva, que terá pela frente um “estreante” na lateral esquerda e um velho conhecido pelo lado de dentro da zaga.
Cícero é o estreante. Emerson Leão já o escalou algumas vezes de ala esquerda, protegido por uma linha de três zagueiros, com mais liberdade para atacar e menos obrigação de defender. Hoje, não. Precisará fazer as duas funções. Só fez isso pelo meio-campo, com um pedaço de campo bem menor para cobrir e auxiliado por outros jogadores. Pela lateral, se for superado por Guerrón, sobra apenas Rhodolfo para desarmar a bomba.
Rhodolfo não vive um bom momento no São Paulo desde que perdeu a companhia de Miranda, um jogador com ótima noção de cobertura. O mesmo vale para o Atlético do ano passado, quando Manoel e Chico compunham com ele o setor mais forte do time que quase conseguiu vaga na Libertadores. Não há parâmetro de como este lado esquerdo são-paulino irá funcionar. No papel, é o ponto mais vulnerável do São Paulo. E cabe a Paulo Baier (lançando) e Guerrón (correndo e cruzando) fazer essa vulnerabilidade se manifestar na prática. Assim, o Atlético estará mais próximo de entregar ao torcedor rubro-negro a segunda vitória que ele mais espera no ano.
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