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Marcelo Oliveira foi duro com o rendimento do Coritiba no primeiro tempo, em Arapiraca, mas caiu na vala comum ao enaltecer o espírito do segundo tempo. Um segundo tempo em que, segundo relatos da turma da latinha, o Coxa saiu do campo de defesa, manteve a posse de bola, mas criou apenas duas chances reais de gol contra o ASA. Perdeu por 1 a 0.

É um fato recorrente no Coritiba de 2012. O time joga aos trancos e barrancos, mas arruma uma bola parada e resolve. As exibições não mantém o mesmo padrão de uma rodada para outra, mas a liderança do turno e a melhor campanha do Paranaense são alviverdes. Anderson Aquino não é um centroavante nato, mas quebra o galho contra o Nacional de Manaus…

O Coritiba está se acostumando a se contentar com migalhas. Uma melhora de rendimento incapaz de transformar uma derrota para um time de Série B em ao menos um empate. Uma improvisão que elimina um time da Quarta Divisão nacional. Só paliativos de um time que não só não evolui, como em alguns momentos retrocede.

Hoje, o retrato é muito claro. Grêmio, Internacional, Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Botafogo, Fluminense, Vasco, Flamengo, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Bahia e Sport têm times melhores e mais prontos que o Coritiba. Dos 19 outros participantes da Série A, 14 estão um pouco ou muito à frente do time de Marcelo Oliveira. Restam cinco para, pelo cenário atual, se engalfinhar com o Coxa para fugir do rebaixamento.

O planejamento, tão exaltado pela diretoria, pode até ter sido muito bem feito, mas a execução até aqui é digna dos últimos “poxetos” do Vanderlei Luxemburgo. O melhor retrato disso é Lincoln, cujo futebol irregular parece não ser visto só por Marcelo Oliveira, que insiste em elogiá-lo mesmo quando todo mundo vê que ele não jogou nada – não me refiro ao jogo de hoje, ao qual não assisti. E como o próprio treinador admite, não há reposição para Lincoln. (Parênteses para um preciosismo: Lincoln não passou 10 anos na Alemanha, como repete a cada coletiva o Marcelo Oliveira; Foram 6 de Alemanha e 2 de Turquia)

Se continuar se satisfazendo com migalhas, o Coritiba voltará para a Série B no fim do ano. E quanto à Copa do Brasil, acho bom todos no Alto da Glória terem bem vivo na memória o exemplo do vídeo abaixo, de 2002.

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