• Carregando...

Lincoln fez o time crescer contra o Vitória e merece ser titular diante do Botafogo

O intervalo de três semanas entre as quartas e a semifinal da Copa do Brasil permitem ao Coritiba dedicar-se com exclusividade ao Brasileirão, o que é ótimo. Basta lembrar como foi ano passado. O clube disputou três rodadas entre os duelos eliminatórios e ainda teve outra de ressaca pelo vice-campeonato. Perdeu três jogos e ganhou do Vasco em um duelo de reservas. Quando entrou de fato no Nacional, era o 16º colocado. Agora, contra Botafogo, Portuguesa (casa) e Flamengo (fora), o Coxa tem chances reais de fazer pelo menos mais seis pontos antes de voltar a dividir atenção com os dois ou quatro confrontos que lhe restam na Copa do Brasil.

O primeiro é amanhã, contra o Botafogo. A combinação entre mando de campo, momento dos dois times e as opções de cada treinador permitem dizer sem medo: pela lógica, dá Coritiba (atenção, este termo será usado mais adiante neste post). A força alviverde no Couto Pereira é inegável, aí estão os números para comprovar e o próprio Botafogo já sentiu este poderio ano passado, quando com um time similar ao atual levou 5 a 0.

Dentro do Couto, o Coritiba vem usando muito bem o sistema de jogo sem referência no ataque, apostando na movimentação de Roberto, Éverton Ribeiro e Éverton Costa. Quarta-feira, contra o Vitória, Marcelo Oliveira apostou em Renan Oliveira. Não deu certo e ele corrigiu no intervalo com a entrada de Lincoln. O time cresceu e dominou o Vitória. É recomendável repetir o mesmo quarteto ofensivo da segunda etapa, com o bom respaldo de Sérgio Manoel. Ainda precisamos vê-lo atuar mais vezes, mas até aqui deu sinais claríssimos de que pode ser o segundo volante que tanto faz falta este ano.

Na defesa há a possibilidade do retorno de Jonas. Gostei do Ayrton ofensivamente na quarta-feira. Porém, como foi bem lembrado nos comentários, ele teve dificuldades na marcação. Jonas marca bem, sobe com eficiência no ataque, parece a opção mais correta para marcar um Botafogo que busca muito o jogo pelo lado esquerdo, com Márcio Azevedo e Maicosuel. Do outro lado, a arma carioca é Vitor Júnior, também rápido e driblador, problema para Lucas Mendes. Como sempre, contudo, a melhor maneira de anular as jogadas pelas pontas é evitar que a bola sai redonda da armação, onde estão Renato e Fellype Gabriel. É preciso vigiá-los de perto, para fazer o passe chegar quebrado (ou nem chegar) aos meias abertos e alas.

Ok, e quais os calos em que o Coritiba deve pisar com gosto? O lado esquerdo da defesa é um. Márcio Azevedo ataca melhor do que marca, o Botafogo leva muitos gols por ali. Para ilustrar: os quatro gols do Fluminense na partida que decidiu o Carioca tiveram erros de marcação de Azevedo; idem o primeiro gol do São Paulo domingo passado. A zaga botafoguense é uma incógnita. Fábio Ferreira e Antonio Carlos estão fora; Brinner formará terá a companhia de Matheus Dòria, um promissor garoto de 17 anos que nunca jogou no profissional. E na meta, com Jefferson na Seleção, estará Renan, mais um daqueles goleiros que usam a elasticidade para corrigir com voos espetaculares seus erros de posicionamento. Recomendável chutar sempre que der brecha: Renan gosta de rebater a bola.

*****

Na quarta à noite, escrevi um post logo após o Coritiba eliminar o Vitória da Copa do Brasil. Falei do jogo e avancei um pouco na semifinal contra o São Paulo. E este ponto específico causou a revolta de alguns de vocês nos comentários. Reproduzo o parágrafo em questão.

Agora o Coritiba pega o São Paulo e a lógica indica: fim da linha para o Coxa. Luís Fabiano tem bola para repetir o que Leandro Damião fez com Demerson domingo passado, no Beira-Rio. Lucas é capaz de decidir um jogo sozinho e o São Paulo ainda conta com coadjuvantes importantes, como Jadson e Cícero. A sorte começa a mudar para o Coxa se a cumbuca da CBF marcar o primeiro jogo para o Couto Pereira. Aí, é repetir o roteiro mais comum do time de Marcelo Oliveira: resolver a parada dentro de casa.

Os negritos são meus: o primeiro para ressaltar o que deixou a moçada ensandecida; o segundo, destaca algo que considero importante no texto. Quando escrevo “pela lógica”, digo que o São Paulo é favorito. Mas creio que todo mundo aqui conhece bola o suficiente para saber que favoritismo teórico nem sempre se reflete na prática. Logo, acho dispensável recorrer ao clássico “no futebol não existe favorito”, afinal, está implícito.

Ainda assim, escrevi linhas depois o que faria a sorte do Coritiba começar a mudar, fazer o primeiro jogo em casa. O primeiro jogo será no Morumbi, o que também não põe tudo a perder. Na semana do jogo eu explico melhor, temos tempo até lá.

Resumindo: considero o São Paulo melhor na teoria porque tem dois jogadores bem acima da média (Luís Fabiano e Lucas), o que não significa que na prática vá se classificar. E quanto às palavras usadas, “fim da linha para o Coxa”, que alguém reclamou de terem sido duras, lembro a todos: isto é um blog, blogs são informais e este blog é e continuará sendo informal sempre.

Espero que tenha ficado mais clara a minha opinião, talvez mal colocada naquele parágrafo de fim de texto. E segue o jogo…

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]