Coluna publicada na Esportiva impressa desta terça-feira

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Escudero: deficiência técnica e descontrole emocional.
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Da mesma maneira que aconteceu dentro de campo, Escudero perdeu a medida diante do computador — ou do smartphone. Foi irresponsável. Desrespeitou seu clube, o rival, o futebol e sua profissão. Deu a qualquer descontrolado — tem muitos em todas as torcidas — o álibi esperado para um ato de violência.

O episódio diminui ainda mais o custo-benefício do argentino. Escudero comete pelo menos uma falha grave por jogo — a mais visível foi a do Atletiba de 21 de abril, que deu um gol a Crislan. Seus carrinhos para desarmar o adversário sempre dão a impressão de que alguém vai sair da dividida com a perna quebrada. Há alguns dias, assistindo a um treinamento, vi Marquinhos Santos parar a atividade para corrigir um erro primário de Escudero na defesa.

Durante a transmissão do clássico na 98 FM, disse que Escudero não tem controle emocional para jogar um clássico do tamanho de um Atletiba decisivo. Seu desempenho geral e a mancada na internet deixam claro que ele não tem condições técnicas nem psicológicas de jogar no Coritiba.

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Para não deixar dúvida. Critico Escudero pelo seu futebol e suas atitudes, não sua nacionalidade, adendo necessário porque no Brasil essas coisas necessariamente descambam para o escroto “tinha que ser argentino”. O futebol argentino tem uma belíssima e rara combinação de técnica e dedicação. Olhar para lá na hora de contratar é dever de qualquer clube brasileiro. Escudero não representa o verdadeiro futebol argentino.