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Avaliar as atuações do Coritiba tendo o Brasileiro deste ano como perspectiva perdeu o sentido há algumas rodadas. O time criou raiz na zona morta e é muito mais útil projetar o que cada jogador pode fazer no ano que vem. Por este viés, o 0 a 0 com o São Paulo oferece material para avaliar dois jogadores: Vanderlei e Bill.

O Coxa não sofreu gol graças a Vanderlei. O goleiro coxa-branca fez três grandes defesas: em uma pedrada à queima-roupa de Luís Fabiano, um tiro de Cìcero no canto direito e uma batida de PIris de fora da área. Vanderlei é o melhor exemplo de algo que já escrevi aqui mais de uma vez. É muito bacana o Coritiba ter consideração com seus ídolos, algo raro no futebol brasileiro. Édson Bastos foi brilhante, mas não fazia sentido ele seguir como título por causa do seu passado, sendo que o seu presente era ruim. Vanderlei virou titular e o torcedor deixou de ter aquela sensação de “esse gol poderia ser evitado”.

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Bill está no outro extremo, tanto do campo quanto da avaliação. Hoje Bill teve mais uma atuação de doer, perdeu um gol de frente para Rogério Ceni por pura grossura; bateu na bola de canela. O Coritiba fez cinco jogos em outubro. Bill esteve em campo em todos e não marcou nenhum gol. E se o camisa 9 não funciona, o ataque todo não funciona. O Coxa empatou três destes cinco jogos por 0 a 0, fez apenas três gols em 450 minutos.

A iminente saída ao fim do ano (evidenciada pela contratação de Marcel) parece ter minado o ânimo de Bill, algo fatal para um jogador limitado tecnicamente. Talvez seja a senha para Marcelo Oliveira usar os jogos que faltam para testar outras maneiras de jogar, com Leonardo e Anderson Aquino como um 9 mais móvel.