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A derrota para o Atlético Mineiro deu ares de cumprimento de tabela às três últimas rodadas do Brasileiro para o Coritiba. A chance de classificação para a Libertadores virou uma complexa equação matemática, em que é necessário o Coxa vencer os jogos que lhe restam e os times que estão logo acima na tabela empatarem os confrontos entre si e perderem nos encontros com as demais equipes.

Seria mais produtivo concentrar-se no balanço da temporada e no planejamento para 2012, se não houvesse na última rodada um Atletiba. A movimentação, especialmente na internet, indica a transformação do clássico em um presente de Natal antecipado para os coxas-brancas. A torcida quer a vitória para encerrar uma temporada que superou qualquer expectativa, se possível com o rebaixamento do maior rival de brinde.

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Foi em torno de balanço de temporada, planejamento para o ano que vem e do Atletiba de 4 de dezembro que se desenrolou a rápida entrevista por telefone que fiz com Vilson Ribeiro de Andrade, futuro presidente do Coritiba. Acompanhe.

O senhor ainda acredita na classificação para a Libertadores?
No futebol tudo pode acontecer, tem alguns confrontos diretos entre os nossos concorrentes, mas certamente ficou muito mais difícil. A vitória contra o Atlético Mineiro seria muito importante para conseguirmos a classificação.

Qual balanço o senhor faz da temporada?
Fecha bem acima do que esperávamos. Ganhamos o Paranaense invictos, vencemos 24 partidas seguidas, fomos à final da Copa do Brasil, o que só esperávamos para 2012. No Brasileiro ficamos entre os melhores, algo que esperávamos conseguir em três anos. Claro que no Brasileiro fica uma frustração, pois nosso time não é inferior aos demais, mas foi um ano muito bom dentro de campo. E fora de campo trabalhamos para conseguir o equilíbrio financeiro, que era o grande objetivo. A realidade financeira do clube nos impediu de fazer um nível maior de investimento no campo.

Ao antecipar o cumprimento de metas, cria-se uma expectativa maior para o ano que vem. O que o Coritiba projeta para 2012?
A nossa grande meta é estabilizar o clube financeiramente. Dentro de campo, é montar um time que possa disputar em nível de igualdade todos os campeonatos que participarmos. O Paranaense é, sim, importante e vamos buscar o tricampeonato. Na Copa do Brasil, onde fomos muito bem, mas ficou um saborzinho amargo no final, o objetivo é fazer igual ou melhor. Vamos disputar a Sul-Americana, que muitos clubes lutam para se classificar e depois menosprezam. Nós não vemos assim, vamos levar a Sul-Americana a sério. E no Brasileiro o objetivo é no mínimo a vaga na Libertadores. No futebol, se não houver ambição não se sai do lugar.

Como o senhor vê a possibilidade de rebaixar o Atlético na última rodada?
Para o futebol paranaense é muito triste, quero o engrandecimento do nosso futebol. Se o Coritiba for a razão do rebaixamento, é lamentável para o futebol paranaense, mas temos que entrar para vencer sempre, temos a obrigação de vencer. Poderia ser o contrário e o Atlético também entraria para vencer.

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A torcida está exigindo a vitória no Atletiba e certamente irá comemorar muito se o Coritiba rebaixar o Atlético. A sua visão, então, é um pouco diferente?
O dirigente tem que separar bem as coisas. O torcedor certamente vai vibrar muito, como eles também vibrariam se a situação fosse inversa. Prefiro não ver como uma vitória que rebaixaria o Atlético, mas como uma vitória que, combinada a outros resultados, leve o Coritiba à Libertadores.

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