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O Paraná teve uma daquelas vitórias que sempre são lembradas em uma campanha bem-sucedida. Aquele 1 a 0 sofrido, dentro de casa, com um gol no finalzinho e contornos de heroísmo. Uma vitória apaga o fogo que começava a encorpar na Vila Capanema por causa dos três últimos resultados e dá ao time o lastro para ir mais tranquilo a Araraquara enfrentar o Guarani.

Mas para que o jogo de hoje possa, efetivamente, ser parte de uma campanha bem-sucedida, com o acesso à primeira divisão, o Paraná deve prestar atenção em alguns defeitos apresentados contra o ABC.

Entregar a armação a apenas um jogador, mesmo que ele seja Wellington, significa assumir um risco muito grande. Basta o adversário marcar bem Wellington e a bola deixará de chegar aos atacantes. Na frente o Paraná tem bons jogadores de movimentação, mas falta alguém que ponha a bola na rede. Giancarlo caiu muito de produção (a ponto de merecer perder a posição de titular) e Hernani deixou péssima impressão ao chutar pateticamente nas pernas de Alessandro Lopes após driblar defesa e goleiro do ABC.

O quadro fica mais crítico diante da incapacidade de Roberto Fonseca em fazer alguma alteração que não seja trocar atacante por atacante, meia por meia e assim por diante. As alterações invariavelmente são rasas e óbvias, o que facilita a missão do adversário.

Felizmente há Lima com sua capacidade incrível de apoio pelo lado esquerdo (se aprender a levantar a cabeça para cruzar, ótimo). Há Júnior Urso marcando implacavelmente para depois chegar ao ataque como elemento surpresa. Há a bola alta, sempre mortal quando encontra um zagueiro paranista na área inimiga.

Jogando assim, o Paraná pode ganhar vários jogos (alguns com sofrimento). Mas para subir, precisará de algo a mais.

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