O Coritiba deu sua contribuição para o fim de semana miserável do futebol paranaense no Campeonato Brasileiro. Perdeu por 2 a 0 para o Grêmio, no Olímpico, e o trio do estado entra a segunda-feira com apenas um ponto no bolso – o do péssimo empate do lanterna Atlético com o vice-lanterna Avaí.
Marcelo Oliveira manteve a estrutura tática do jogo de quinta-feira, com Marcos Paulo (substituto de Willian) e Léo Gago mais atrás, Tcheco armando e ajudando na marcação, Éverton Costa para um lado, Marcos Aurélio para o outro e Leonardo avançado. Até certo ponto deu certo. Após um início sob pressão, o Coxa se arrumou em campo, controlou o jogo e criou chances para abrir o placar.
A mais clara foi a de Marcos Aurélio, que arrancou sozinho após a pixotada do Neuton, perdeu um pouco o fôlego e chutou para a defesa de Marcelo Grohe. Não dava para ter perdido este gol, embora Grohe tenha ido bem no lance e ainda feito outras importantes defesas. Foi quase tão bem quando Muriel, do Internacional, havia sido no Coxa x Inter do Couto Pereira. Mais um guapo gaúcho no caminho alviverde.
Difícil de entender foi a postura do Coritiba no início do segundo tempo. O time foi passivo, deixou o Grêmio jogar, ficou esperando passar aqueles 15 minutos em que o mandante pressiona o visitante para depois tentar impor seu jogo. Curioso isso. Quinta-feira o Coritiba derrotou o Figueirense porque Marcelo Oliveira mandou às favas o lugar-comum e lançou sua equipe ao ataque. Hoje, o Coxa seguiu bovinamente o roteiro do time visitante.
Acabou punido por um gol de cabeça de Gilberto Silva, que subiu mais alto que a estática defesa coxa-branca. O segundo gol veio naturalmente, com André Lima. O Grêmio teve chance de fazer o terceiro, o Coritiba também poderia ter diminuído. Os goleiros, grandes personagens da tarde (Edson Bastos fez ótimas defesas quando ainda estava 0 a 0), não deixaram e ficou mesmo pelo 2 a 0.
O Coritiba contabilizou a quarta derrota em quatro jogos como visitante. O dado é preocupante. O clube não conseguirá ir além do meio da tabela se não somar pontos fora de casa, além de criar uma pressão extra em cada partida dentro do Couto Pereira. Uma vitória no Olímpico – e o resultado esteve ao alcance coxa-branca – colocaria o campeão paranaense entre os dez primeiros. Com a derrota, é necessário novamente ajustar o retrovisor e prestar atenção em quem está lá atrás.
No próximo fim de semana tem Fluminense, no Couto Pereira. O primeiro duelo dos dois times desde o 6 de dezembro de 2009. Aquele Fluminense era mais forte e estava mais embalado que este, que pouco lembra o time campeão brasileiro do ano passado. Jogo para o Coritiba vencer e voltar a olhar para cima. A conferir a gravidade da contusão de Éverton Costa e a possibilidade de retorno de Rafinha e Leandro Donizete.