Quando pensamos em abrir o próprio negócio, logo vem à cabeça o espírito empreendedor brasileiro - aquele que não tem medo, que mete as caras e não mede esforços para fazer o sonho dar certo. Deve ser por isso que o Brasil ocupa uma das primeiras posições no índice de empreendedorismo inicial entre mais de 50 países do mundo.
Mas qual o perfil desse empreendedor? Será que ele tem formação ideal pra assumir esse desafio? Sinto dizer, meu amigo, mas para a maioria dos empreendedores brasileiros a resposta é NÃO para as duas perguntas.
Pela minha experiência de mais de uma década na área, percebi três principais características no empresariado brasileiro que devo destacar para abrir os seus olhos. Primeiro, o empresário brasileiro é mal-formado. É isso mesmo. A maioria de nós, empreendedores que começaram um (ou mais) negócio, nunca foram preparados para tal, nem na escola, faculdade, nem mesmo na vida.
Muitos empreendem por necessidade ou pelo gosto de ver uma ideia - um sonho - saindo do papel. Já outros, “herdam” um desafio para o qual nunca se prepararam. Outros tantos dão de cara com uma oportunidade boa demais pra deixar passar, ainda que nunca tenhamos sido formados para tal.
Segundo, o empresário brasileiro é amador. Segundo o dicionário, amador é “o que ou quem se dedica a uma arte ou um ofício por gosto ou curiosidade, não por profissão”. Ou seja, faz o que faz por amor, porque é movido por um ideal. Isso, a princípio, significa que ele não tem expectativa de ter muito lucro ou ficar rico logo.
Terceiro, o empresário brasileiro é solitário. Ele não tem com quem dividir as angústias da jornada. Dentro da empresa, ninguém jamais verá as coisas como ele ou sentirá o peso da responsabilidade. Em casa, ele esconde suas dores para não contaminar o lar com dúvidas, riscos, planos… Às vezes, o empresário até tem sócios para dividir um pouco da carga, mas e quando a própria relação com os sócios é fonte da angústia?
Muitas vezes pensamos que não há solução, mas existem caminhos a seguir que lhe levarão ao sucesso, sem carregar todo esse peso. Então, como sair dessa?
1) Forme-se: invista e ponha no seu orçamento anual. Assim como em qualquer carreira, para ter sucesso no empreendedorismo e nos negócios, vocë vai precisar se preparar. Cursos, mentorias e imersões vão te mostrar que tudo aquilo que vocë ainda não conquistou está atrás de algo que você ainda não sabe (mas outros sim).
2) Profissionalize-se: não aceite "meia entrega", "meia bomba", "meio sucesso". Busque conhecimento e as pessoas certas, aplique as melhores práticas se quiser jogar o jogo dos seus concorrentes mais admiráveis. Cada pedaço da sua empresa - isso inclui o seu papel também - tem que ser elevado às melhores práticas possíveis.
Como fazer um marketing mais profissional? Como estruturar melhor o seu comercial? Vamos mapear os processos de produção? Dar robustez ao financeiro? Com ou sem o apoio de uma consultoria (recomendo, por experiência própria), você precisa “subir a barra” se quiser competir com os grandes. Deus perdoa amadorismo, o mercado não.
3) Não seja mais solitário: conecte-se! Você nunca vai alcançar sonhos grandes sozinho - e não estou falando somente de sócios. Ter bons parceiros - fixos ou eventuais - vai ampliar suas capacidades e lhe permitir criar coisas maiores e mais impactantes. Seja pra entrar num projeto junto ou apenas para fazer benchmark, seja para ter uma opinião externa ou pra uma boa indicação, são outros empresários aqueles que estão nas mesmas trincheiras que você. E onde achar bons parceiros? Em grupos empresariais, comunidades de empresários, grupos de networking - faça relacionamentos importantes e produtivos, com gente que compartilha dos seus sonhos e planos. Ache a sua comunidade, contribua e RECEBA!
Fez sentido para você? Agora me deixe lhe conhecer. Conte pra mim como foi o início da sua jornada lá no meu perfil do Instagram (@_oayres).
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