As vacinas de covid existem há menos tempo do que a covid, mas a imprensa quase toda tem 100% de certeza de que a vacina é segura. As regras tácitas são as seguintes: em primeiro lugar, só falar de mortes e efeitos colaterais graves caso a vítima seja uma pessoa importante; em segundo, sempre dizer que o efeito é “raríssimo”.
Diz-se que é raríssimo com base em quê? No que um cientista aleatório disse? No que a FDA disse? Já passou da hora de os jornalistas começarem a avaliar os órgãos e os cientistas individualmente. Peter Daszak é um cientista, e é mais sujo que pau de galinheiro. Ele é o pesquisador responsável pelo financiamento das experimentações com coronavírus transferidas para o laboratório de Wuhan, tal como relatou o jornalista científico Nicholas Wade, em artigo traduzido para esta Gazeta.
No mesmo artigo, vemos também que ele montou uma verdadeira conspiração, dentro do estamento acadêmico, para tachar de teoria conspiratória a hipótese de o vírus ter escapado de um laboratório em Wuhan. Onde ele fez isso? Na revista científica Lancet, com um abaixo-assinado de cientistas. E nesta mesma Gazeta lemos, com destaque, que, segundo um estudo publicado na Lancet, a variante delta causa mais hospitalizações do que o vírus original.
De minha parte, considero que, desde a publicação do abaixo-assinado, a palavra da Lancet não vale mais nada. Se a menor letalidade da variante delta costumava ser inferida do aumento de casos acompanhado pela diminuição de mortes, eu tendo a crer que o estudo da Lancet foi feito com a finalidade de empurrar vacina experimental. Também nesta Gazeta, temos visto o quão assustadora pode ser a realidade dos estudos, já que há indícios de homicídio por superdosagem de cloroquina, com o fito de concluir que cloroquina mata em vez de curar.
Não dá para confiar automaticamente em instituições, pois elas estão corrompidas. É preciso confiar em pessoas. Encontre bons jornalistas e bons médicos. De minha parte, tenho acompanhado a jornalista Paula Schmitt (do Poder 360) e David Ágape (deste jornal), e médicos que falam publicamente sobre sua experiência com pacientes com covid (destaco as entrevistas do Dr. Francisco Cardoso no programa de Lacombe, que sumiu do Youtube, e do Dr. Zeballos no Pânico da Jovem Pan). Não estou dizendo que gozam de infalibilidade papal; digo apenas que os tenho por gente dotada ao mesmo tempo de senso crítico, boa-fé e informação. Infalibilidade papal, só quem tem são os “divulgadores de ciência” tais como Átila Iamarino.
Morto anônimo
Justamente acompanhando o Dr. Francisco Cardoso no Twitter, vejo a foto de um rapaz sorridente no hospital com a legenda escrita pela mãe: “Foto tirada 3 h antes do meu filho Bruno O Graf vir a ter AVC hemorrágico e veio a falecer ontem. TROMBOCITOPENIA TROMBOTICA IMUNE e AVC causas do óbito. Leiam a respeito.causada p Astrazenica.Jesus do céu, recebe meu tesouro q Pai Todo Poderoso nos emprestou por quase 29 anos.” Bruno O. Graf, com seus 28 anos, é um figurão importante? Não; ele nem teve tempo para isso. Então sua morte pôde ser varrida para debaixo do tapete, e só encontrei dela um registro na imprensa, num site local, dando conta da morte do advogado Bruno Oscar Graf em Blumenau e da suspeita levantada pela família de que a causa fora a vacina.
A manchete e o destaque são: “Advogado morre por trombose e família suspeita de reação da vacina. Diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, informa que o risco de trombose é muito maior com a Covid-19, em relação à vacina.” Sinto muito, mas não tenho motivos para confiar no Dr. Renato Kfouri. Conhecemos a Covid há mais tempo do que as vacinas – portanto, há muito mais dados disponíveis sobre trombose causada por Covid do que por vacina AstraZeneca. Além disso, sabemos que a Covid é mais arriscada para idosos do que para jovens saudáveis. Com base em que o Dr. Renato Kfouri afirma que o risco é maior em absoluto, para todas as idades? E da Astra Zeneca, em particular, já se sabe que causa trombose! Qualquer um pode baixar no site da Fiocruz a bula da vacina e lê-la. Lendo a matéria, fica a impressão de que a morte do rapaz só se tornou notícia porque a mãe enlutada fez muito barulho contra a vacina obrigatória.
Bruno Graf morreu no dia 26 de agosto. No dia 21 de maio, morria na Inglaterra aos 44 anos Lisa Shaw, apresentadora da BBC, e só no dia 28 de agosto veio a público a informação de que os legistas atrelaram a sua morte à vacinação da AstraZeneca. Ela sentira uma dor de cabeça grave e não sabia se tratar de um coágulo que viria a causar uma hemorragia cerebral e matá-la. Por óbvio, a matéria encerra com um burocrata dizendo que a reação é “very rare”, raríssima, e ainda pondo em dúvida a autópsia: “A Dr. Alison Cave, chief safety officer da Agência Reguladora de Medicina e Produtos Médicos, disse que ‘revisaria’ o veredito do legista. ‘Os benefícios da vacina de Covid-19 da AstraZeneca continuam a contrabalançar os riscos para a maioria das pessoas’, disse. ‘Portanto é muitíssimo importante que as pessoas compareçam à vacinação e à segunda dose quando convidadas.’”
Não está estranha essa concertação em torno de uma vacina tão nova?
Boas intenções sem senso crítico nem informação
Eu não acredito que cada pessoa (jornalista ou não) que empurre vacinas seja esteja mal intencionado. Os jornalistas que escreveram aquelas linhas que confundem obituário com incitação à vacinação provavelmente estão convencidos de que as vacinas são a salvação da lavoura e que é importante todos se vacinarem em nome do “bem comum”. Não percebem, porém, que ao fazerem isso minam a própria credibilidade. As pessoas querem julgar por si mesmas os riscos e benefícios da vacinação antes de tomá-la; não querem que outrem tome decisões em seu lugar. Mas a própria aceitação da ideia de tutela já é um indício de corrupção moral na classe jornalística.
Vamos para o cidadão comum que incita os outros a se vacinarem como se não houvesse riscos. Creio que a maioria intui que, das duas, uma: ou as autoridades sanitárias jamais matariam tratariam seus concidadãos como ratos de laboratório, ou nós estamos vivendo um acontecimento macabro em nível global. A segunda dessas hipóteses é grandiosa demais, e desagradável demais; então é melhor ficar com a primeira e querer desesperadamente que todos se vacinem sem morrer, para ter certeza de não estarmos desamparados num mundo cão.
Sinto muito, mas tenho mais motivos para crer que estamos num mundo cão do que que não estamos.
Da FDA a Paes
A FDA, órgão governamental dos EUA, usou o Twitter para mandar as pessoas parar de usarem ivermectina dizendo “você não é um cavalo”. O texto que acompanha o tuíte basicamente diz que ivermectina é um medicamento mais apropriado para uso veterinário do que humano e que pode matar as pessoas.
Ora, qualquer brasileiro pode ir a uma farmácia verificar que a ivermectina vendida é um medicamento não-veterinário seguro para humanos, e na verdade bem banal, uma vez que não precisa de receita e é usado para vermes. Tanto que no Brasil nem se tentou dizer que a ivermectina vendida na farmácia era letal (como fizeram com a hidroxicloroquina); em vez disso, passou a ser chamada com desdém de “remédio pra verme”.
Se vemos o governo dos Estados Unidos lacrando no Twitter e afirmando um despautério de fácil averiguação, é porque há algo de muito atípico se passando no mundo. O histórico do FDA é muito melhor do que isso.
Também no Twitter, Fiuza lembrou o histórico de Eduardo Paes: “O prefeito do RJ Eduardo Paes construiu uma ciclovia q desabou matando pessoas. Agora ele tornará obrigatória uma vacina sem estudos conclusivos p/ riscos graves como miocardite, trombose e neuropatias (e q não impede o contágio). Vcs vão ficar assistindo a nova experiência dele?” Trata-se da ciclovia Tim Maia, que simplesmente despencou e matou gente, sem que ninguém fosse punido por isso.
Os cariocas votaram no ex-prefeito Paes para tirar o prefeito Crivella. Ambos têm acusações de corrupção não-elucidadas em suas gestões da saúde. Paes tivera como secretário Daniel Soranz, acusado pelo MP de fazer vista grossa para desvios da saúde. De volta à prefeitura, Paes botou o mesmo Daniel Soranz como secretário municipal da Saúde. Vocês podem ver o perfil dele no Twitter, com selo azul. Essa pessoa é um pesquisador da Fiocruz – o que, ao meu ver, é informativo sobre o estado da Fiocruz.
O mesmo Paes agora se diz muito preocupado com a vida humana e quer salvar a todos da Covid, obrigando à vacinação através do passaporte vacinal. Ele é tão bom, mas tão bom, que vai cortar o benefício municipal análogo ao Bolsa Família de quem não se vacinar. Segundo informa a mãe, Bruno Graf tomou vacina para ir à Europa. Graças a Paes, um carioca poderá ter o mesmo fim para comprar comida.
Os políticos tradicionais brasileiros nunca deram grandes mostras de se preocupar com a vida dos cidadãos. Eu não acredito que eles tenham mudado agora; acredito que continuem tão corruptos quanto antes. O diferencial, a novidade macabra, é que o mundo rico está assim também, e com muito mais dinheiro envolvido.
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