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Bruna Frascolla

Bruna Frascolla

Por que de repente tem tanta mulher matando filho nas páginas policiais?

No noticiário mundo cão vêm abundando casos de mães que matam os próprios filhos. (Foto: Pixabay)

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Por questões meramente evolutivas, não morais, os crimes de sangue costumam ser cometidos por homens. É preciso tomar cuidado para não fazer a confusão das feministas e tratar os homens como indivíduos violentos. Dado que o conjunto dos homens é mais violento do que o conjunto das mulheres, é de se esperar que o conjunto dos crimes de sangue seja em sua maioria cometido por homens. Mahatma Ghandi está no conjunto dos homens, a psicopata de Rondônia está no conjunto das mulheres.

Disso sequer se segue que haja muitos homens violentos. Segue-se apenas que, quando lemos manchetes sobre mundo cão, as vítimas da sociedade que trocaram tiro quase sempre são do sexo masculino; que quando um motorista sai para meter bala no outro em briga de trânsito, o motorista quase sempre é do sexo masculino; que quando um ofendido resolve restaurar a honra com uma peixeira, o ofendido é do sexo masculino, e assim por diante.

Nesse “e assim por diante” se incluem os famigerados crimes passionais: é (era) mais fácil o marido matar a mulher num arroubo de ciúmes do que o contrário (até por uma questão física), e, nos raros casos em que um chefe de família assassinava a família toda, em geral era um homem desesperado, incapaz de cuidar da família, que preferia extingui-la e matar-se depois (até teve um caso assim na Alemanha, desencadeado pelo passaporte vacinal: o casal fraudou o passaporte da mãe para manter o emprego, foi descoberto, ambos seriam presos e os filhos seriam entregues ao Estado).

No noticiário mundo cão, porém, vêm abundando casos de mães que matam os próprios filhos. O último foi o de Guapimirim, da região serrana do Rio de Janeiro. Mãe mata a facadas os filhos de três e seis anos e liga para o marido, pai dos filhos, dizendo que vai se matar. A polícia depois encontra mensagens no celular em que a maluca ameaçava o marido, que (com razão, pelo visto) queria se separar dela.

Lendo o noticiário, a conclusão mais simples que podemos tirar é que os filhos não são a prioridade na vida dessas mulheres. Nesse caso é o marido, já que os filhos foram apenas um meio para atingi-lo. Num caso como o do menino Rhuan, a mãe, uma lésbica misândrica que o odiava a ponto de capá-lo, o foco era dinheiro. Tão logo o pai conseguiu suspender a pensão do menino, a mãe e a namorada o mataram. No caso da menina Laryssa, de Brasília, vemos mero desprezo: a mãe não queria que a criança chorasse mais, então a asfixiou e esfaqueou. Fim do choro.

Algo a ser levado em conta

O ingresso das mulheres no mercado de trabalho no começo foi libertador para algumas. Hoje é compulsório: poucas mulheres podem escolher ficar em casa cuidando da família. Junto com essa movimentação, veio a propaganda feminista, que, no frigir dos ovos, não é mais do que uma exaltação do sucesso profissional ou financeiro em detrimento da dona de casa.

Como seria feio demais dizer que ganhar um montão de dinheiro é muito melhor do que cuidar da própria família, a propaganda começou com o apelo mais nobre e legítimo da realização profissional. No entanto, realização profissional não é para as massas – pelo simples fato de que a maioria da humanidade trabalha por causa do ganho, não do trabalho em si.

Uma Luíza Trajano tem realização profissional; uma ascensorista, não. Há mais Luízas Trajanos no mundo ou ascensoristas? Então dizemos à ascensorista que ser mãe de família não é importante. Queremos que ela mova a sua vida com que valores e propósitos, afinal?

No que depender da moral passada pela cultura pop, a ascensorista vai enfiar um shortinho no meio da bunda e se endividar para comprar artigos de luxo. Vai postar fotos no Instagram e isso é empoderamento. No mais, vai ser levada a se enxergar como uma vencedora na luta contra o patriarcado, e todo homem que o seu shortinho atrair será considerado um opressor. (E imagine o tipo de homem que ela não atrai.) Se ela engravidar dele – com o conhecimento dele ou não –, ela terá ao seu lado a mão do Estado para coagir o homem ao reconhecimento de paternidade, prescindindo de qualquer cordialidade. Ganha então um bebê chorando e uma quantia de dinheiro para gastar como quiser.

Tem como isso dar certo?

Uma anotação de Dalrymple

Dalrymple, médico de presídio e do NHS, fala bastante das mulheres cúmplices de sua própria miséria. Uma coisa que chama a atenção dele é que qualquer um consegue olhar para um contumaz espancador de esposas e ver a cara de contumaz espancador de esposas. Diz que apostava com as enfermeiras: “Aí vem um espancador de esposas!” Não obstante, o espancador de esposas sempre arranja esposas. Como ele atendia tanto os espancadores presos quanto as espancadas no NHS, podia fazer perguntas a ambas as partes. A conclusão é que, tal como ele mesmo, as mulheres sabiam desde o começo que o homem era violento, e ainda assim juntavam. Faziam mal a elas os homens que batiam nelas, e elas próprias, que escolhiam aqueles homens.

Que eu me lembre, ele não se dá ao trabalho se explicar as motivações delas. Mas ele dá uma explicação para a conduta dos espancadores que condiz com o que eu penso acerca de mulheres “empoderadas” que não vivem sem homem.

Ele pensa que a vida desses homens é totalmente vazia; que a relação entre esses homens e essas mulheres é igualmente vazia. Assim, a única maneira que o homem tem de garantir que a mulher passe o dia pensando nele é deixando-a com medo. Por isso, bate de maneira imprevisível, sem causa aparente. A mulher fica apreensiva tentando descobrir o motivo de ter apanhado e tentando adivinhar se vai apanhar aquele dia. Um dia entende que as surras são aleatórias, se cansa e termina. Aí acha outro igual.

O meu palpite é que muitas dessas mulheres que não têm nenhum foco na vida escolhem um homem para centrar suas preocupações. Veja uma dessas ciumentas que passam o dia inteiro vigiando o homem, catando celular, interrogando parentes e amigos para checar a veracidade do que o homem diz. Pensem bem: se um homem desses de repente revelasse uma fidelidade incontestável, o que uma mulher dessas ia fazer da vida? Não ia sequer poder se queixar pras amigas. (E ela dificilmente tem assuntos interessantes com as amigas. É tudo vida alheia.)

Agora pensem numa mulher dessa, que centra toda as suas energias em uma relação conflituosa com homem. Pensem agora que ela tem um filho. É tão difícil assim imaginar que a criança vire refém?

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