ZZZ: Cochilei no Calígula

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Fui conferir o espetáculo Calígula no Guaíra, na quinta-feira (19), com o global Thiago Lacerda. Seria mentira minha se eu falar que eu gostei da peça. Não sei se era porque estava cansado, com fome, pois depois de um dia inteiro de trabalho, né?! Só sei que em certos momentos até cochilei, viu. Entre o primeiro e o segundo ato, ZZZzzzzz.

Independente da história de Calígula, muitos estavam ali para ver o ator global. Era franco o objetivo das pessoas.

Com um atraso de 30 minutos – o público só preencheu praticamente todos os lugares do teatro lá pelas 21h20 – o espetáculo começou, mas acho que sem problemas, não reclamo de atraso, porque nessa vida a gente espera por tanta coisa, né, miha gente.

A cenografia realmente foi ótima. A interpretação de TL foi boa, até me surpreendeu, porque desde Esperança, os dotes dramáticos do rapaz com certeza morreram para mim. Porém, eu achei sem sal. Não sei se esperava mais… ou menos…

Eu me esforçava para rir. Para gostar realmente. Pois não queria fazer como o povo fez. Com o atraso, o público começou a bater palmas, acho que na tentativa de iniciar a bodega de uma vez. Ou em outros momentos, quando na passagem de um ato ao outro, meia dúzia de cabeças fugiam do Guaíra.

Mas também não forçava a barra, para rir tremendamente do sotaque norte-americano que um dos atores fazia ao entoar algumas frases su.per.en.gra.ça.das.! Tinha uma mulher que devia até mijar nas calças de tanto rir!

Ah, e o que falar do povo tossindo e do celular tocando?! Miacabo com o público no teatro. Primorosa elegância, né?!

E se tinha gente que foi ver Calígula pensando que veria luxúria pela peça, ledo engano. Se bem que TL lascou um beijo tímido em outro ator. Mas, né… 75% do público daquele teatro já tinham beijado um homem na vida, então, sem comoção alguma.

Nota 6, vai. E o público ovacionou de pé o fim do espetáculo. E claro, saiu correndo para pedir autógrafos, fotos, and a piece of TL. Frenesi, Brasil! A cara do Festival!