Antes de mais nada: não desisti! Se já é difícil manter um blog, imaginem quando os afazeres profissionais e pessoais (no meu caso, a preparação psico-sócio-financeira pré-casamento) se acumulam em níveis absurdos. Pois é, o diário virtual aqui acabou hibernando durante o último mês, mas prometo (ai!) voltar a mantê-los informados sobre o mundo da tecnologia.
Vamos lá, então. Vocês viram a foto ao lado? Trata-se de um iPhone que explodiu durante uma tentativa de desbloqueio. Antes que comecem a acusar a Apple de agredir fisicamente hackers que ousam mexer no sistema do seu celular, é bom esclarecer: o estrago foi causado por imperícia.
Com a palavra, o sujeito responsável pela explosão: “Estávamos felizes, pois a parte [de crackeamento] do software foi tranqüila. Começamos então a abrir o iPhone. A antena foi um pouco complicada, mas conseguimos retirá-la. Daí, passamos a desparafusar o revestimento de metal e PUF, o telefone explodiu. Acho que meu amigo deve ter encostado em algo que não devia. O aparelho ficou tão quente que queimei os dedos. Não sei o que aconteceu…”
De acordo com o site Gizmodo, que publicou a história, isso serve de alerta para que aventureiros, pessoas sem familiaridade com hardware, não tentem desbloquear o iPhone. Estranhamente, a mesma página indica os caminhos para quem quer fazê-lo.
Ou seja, “não façam… Mas é assim que se faz”. Não estou criticando este site específico, mas as publicações – muitas vezes não especializadas – que tentaram ensinar como fuçar no iPhone em geral. A febre do celular da Apple deixou seqüelas. A principal delas é essa tentativa insana de quebrar o sistema de segurança do telefone.
Hackers e crackers podem fazer isso. Acredito mesmo na utilidade pública desses fanáticos. Como é que brechas e falhas de segurança eletrônica seriam descobertas sem a ação deles? Mas daí a disseminar um passo-a-passo para mexer no sistema do aparelho, como se isso fosse uma receita de bolo… Isso é outra história, bem diferente. É irresponsabilidade.