Agora é fato. Daqui a no máximo três semanas o iPhone, primeiro celular da Apple, será lançado nos Estados Unidos. O valor do aparelho é salgado. O americano que quiser comprá-lo desembolsará US$ 500 pelo modelo de 4 GB ou US$ 600 pela versão de 8 GB. Levando-se em conta que esse preço está atrelado a um contrato que “amarra” o cliente por dois anos à operadora AT&T, e chega-se à conclusão de que o aparelho é muito, mas muito caro. Um BlackBerry Pearl ou um Treo 680, para citar dois concorrentes, são vendidos nos EUA por US$ 200.
Inúmeras pesquisas de mercado apontam que o iPhone tem o poder de se tornar o novo Razr V3, celular da Motorola que revolucionou o mercado e vendeu mais de 100 milhões de unidades desde 2004. O próprio Steve Jobs diz que vai consquistar 1% de market share em um ano – o que significa vender 10 milhões de iPhones.
Não acredito nessa conversa e digo o porquê: primeiro, a humildade não está no rol das inúmeras qualidades de Jobs (um excelente marqueteiro, que transformou a Apple em uma grife de eletrônicos); e depois, além de caro, o iPhone só vai estar disponível nas prateleiras norte-americanas de UMA única operadora! A AT&T terá exclusividade sobre a comercialização do aparelho nos EUA por cinco (!!!) anos –uma verdadeira eternidade nesse mundo. Enquanto Europa e Ásia receberão o gadget até 2008, o Brasil nem deve alimentar muitas esperanças. Se o iPhone chegar no mercado tupiniquim, será por um preço absurdo, tipo uns R$ 2,4 mil (com impostos de importação).
Por fim, como seu anúncio foi feito em janeiro, muito antes do lançamento em si, as rivais já mostraram suas armas, seja por meio do Motorola Razr2 ou do Nokia N95. O fato de ser um “iPod em forma de telefone” é o grande trunfo da Apple, mas a Sony Ericsson avança a passos largos no campo da música no celular… Sobra a touchscreen do iPhone, que impressiona pelo visual e pela “esperteza” em mudar as imagens automaticamente da vertical para a horizontal, de acordo com o posicionamento do aparelho. Mas isso vale US$ 600?
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