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O disfarce do medo


Ballmer: o CEO da Microsoft, famoso pelo temperamento explosivo, não se intimida diante do Google/Android.

Uma das melhores frases da semana foi dita pelo todo-poderoso da Microsoft, Steve Ballmer (foto), a respeito da plataforma Android, que o Google está desenvolvendo para celulares: “Neste exato momento, eles têm um press release [comunicado à imprensa], enquanto nós temos muitos milhões de clientes.”

Ballmer, para quem não se lembra, já chegou a jogar uma cadeira no chão, em 2005, ao saber que um de seus principais engenheiros, Mark Lucovski, deixaria a Microsoft para trabalhar no Google. Testemunhas dizem que a reação do executivo-chefe, naquela ocasião (no auge da sangria de profissionais que a empresa do Vale do Silício provocava na concorrência), foi assustadora. Segundo elas, Ballmer gritava coisas como: “Vou matar o Google!”, “Eles [os fundadores Larry Page e Sergey Brin] são moleques!”, “A estratégia deles é insana!” e “Vou enterrar o [CEO do Google] Eric Schmidt!”.

Desta vez, aparentemente, Ballmer não se exaltou. O Windows Mobile, que recentemente ganhou sua versão 6, é realmente um sucesso – e vem desbancando o Symbian como sistema operacional preferido da indústria de celulares. Para ter certeza dessa ascensão da Microsoft no mercado móvel só é preciso ficar de olho no quartel-general de Seattle e ver que cadeiras não estão voando por lá.

Pérolas

O mundo da tecnologia seria muito mais chato sem Ballmer, para quem: 1) o Linux é um “câncer sob o ponto de vista da propriedade intelectual” e 2) o iPod usa um formato de música [o AAC] “roubado” de outros desenvolvedores. Uma das pérolas inesquecíveis do poderoso chefão: “Meus filhos não usam iPods. É claro que eles têm outros problemas de comportamento, como qualquer criança, mas pelo menos nesta questão consegui fazer uma lavagem cerebral. Ninguém lá em casa acessa o Google nem escuta iPod.”

Bill Gates pode ter sido o cérebro por trás da história de sua companhia, mas é Ballmer quem faz a diferença nos anos 2000.

Linux?

Foi dos escritórios da britânica Symbian Ltd. que partiu outro olhar de desdém a respeito do Google no celular: “O Android é apenas mais uma plataforma Linux”, disse o CEO Nigel Clifford. “E existem 10, 15, 20 e talvez 25 plataformas Linux diferentes por aí. Parece que o Linux está se fragmentando mais rápido do que se consolidando”, ironizou.

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