Uma semana depois de o Yahoo! anunciar a versão nacional do Flickr, seu site de compartilhamento de fotos, a rival Google colocou no ar o YouTube brazuca. Agora, os menus de navegação, a estrutura básica e os destaques dos portais estão em português. Além da versão para o Brasil, o Google e o Yahoo! também lançaram versões localizadas dos serviços para França, Itália, Japão, Espanha, entre outros países.
Apesar de não serem nada extraordinários, os anúncios embutem algo bem maior: o fato de a Web 2.0 estar aportando por estes trópicos. Vocês podem até argumentar que o fenômeno – até por estar na internet – não prioriza nacionalidades nem regiões geográficas. É uma verdade apenas parcial.
Para quem ainda não sabe, a Web 2.0 é um conceito proposto em 2003 pelo irlandês Tim O’Reilly (famoso também pela defesa do software livre e do código aberto). Ele prega que os novos serviços da rede mundial de computadores tendem a ser muito colaborativos e a depender cada vez mais da contribuição de seus usuários. São frutos da Web 2.0, o Orkut, o MySpace, a Wikipedia, os serviços de notícia RSS, os podcasts e até este espaço aqui, o blog (afinal ele se justifica pelas críticas, complementos e opiniões publicadas pelos leitores).
Não seria bacana termos no Google Earth um mapeamento mais detalhado do Brasil? Ou ainda um serviço nacional de compartilhamento de sites favoritos, aos moldes do del.icio.us? Pois é. A oferta da língua portuguesa em páginas desse tipo poderia atrair mais usuários conterrâneos e, conseqüentemente, mais conteúdo relacionado ao país.
O Flickr e o YouTube, dois dos mais populares sites da Web 2.0, fortaleceram esse movimento. Esperamos agora pelo Google Maps, pelo Yahoo! Local, pelo Docs & Spreadsheets e, quem sabe, pelo Joost – a tevê via internet que o pessoal do Skype deve lançar em breve…
E por falar em televisão, a Globo já anunciou uma parceria com o youtube.com.br para a distribuição de vídeos. Quem acessar o portal, já pode assistir a mini-episódios da novelinha Malhação.