Vai de celular no Dia dos Namorados?

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Entra ano, sai ano e o celular continua em alta como opção de presente. Pelos meus cálculos, este deve ser o sétimo Dia dos Namorados em que o telefone móvel figura em primeiríssimo lugar na lista de opções para agradar o(a) companheiro(a). E não foi diferente nos últimos Natais, Dias das Mães, dos Pais, das Crianças… Até na Páscoa o aparelho resolveu se intrometer e brigar com os chocolates!

De acordo com uma pesquisa do Serasa, 27% dos comerciantes apostam no celular como o principal presente a ser trocado neste 12 de junho – porcentual acima de artigos tradicionais como roupas, sapatos, perfumes e flores.

O Brasil já tem 103 milhões de celulares. Isso quer dizer que, para cada 100 habitantes (idosos e crianças incluídos), existem 55 telefones móveis em funcionamento. Especialistas são unânimes ao afirmar que o ritmo de crescimento no número de usuários tende a diminuir daqui pra frente.

Mas o impressionante nessa história é o fôlego na troca de aparelhos! Segundo a Motorola, 8 em cada 10 clientes que entram numa loja de celular no Brasil já possuem o aparelho e estão em busca de algo mais moderno, com mais recursos e mais bonito.

A beleza, aliás, é um item tão importante que as grandes fabricantes de celular (Nokia, Motorola, Samsung, Sony Ericsson e LG) já encaram seus produtos muito mais como acessórios de moda do que produtos tecnológicos. Isso me foi dito há cerca de um mês pelo gerente mundial de design de uma das grandes empresas do setor: “O aparelho pode ter câmera, acesso à web, e-mail, MP3, transmissão de dados em terceira geração, mas se não for bonito, se não tiver um componente de diferenciação em relação aos demais modelos do mercado, ele não vende.”

Pensando assim, é facil entender a troca de celulares no Dia dos Namorados. Como acessório, ele é mais um artigo na família que inclui brincos, colares, óculos e relógios…

Aliás, já percebeu como o seu telefone está demodé? Faz só 6 meses que você o comprou? Não interessa, ele precisa de um upgrade. (É o que o mercado está dizendo, não sou eu)