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Matéria publicada na Gazeta do Povo impressa desta segunda:

Passadas as convenções de seus partidos, os três principais candidatos à Presidência da República têm a partir de agora 111 dias para superar seus principais desafios. Dilma Rousseff (PT) precisa convencer a população de que representa a continuidade de Lula; José Serra, além de encontrar um vice, tem de apresentar propostas que mostrem como ele pode representar um avanço em relação ao atual governo; e Marina Silva precisa de dinheiro e estrutura para tornar sua candidatura viável (veja mais no quadro clicando no link abaixo).

Nas convenções realizadas nos últimos dias, os presidenciáveis deram uma mostra de como pretendem superar esses desafios nos dias que restam até o primeiro turno das eleições. Marina Silva, a primeira a ser oficializada como candidata, na convenção do PV, realizada na sexta-feira, mostrou que o discurso social será a sua principal arma. A proposta da “terceira fase” nos programas de assistência social, levando o Bolsa-Família a um novo patamar, parece ser o destaque da campanha até o momento.

Marina também mostrou que pretende usar o discurso de que representa as minorias. Na convenção do PV, afirmou que precisa de orações para se tornar a primeira presidente mulher e negra. “Queremos fazer alianças com os núcleos vivos da sociedade. Nós decidimos fazer alianças com os idosos, com os jovens, com os índios e com os negros”, afirmou.

José Serra também usou a convenção do PSDB, no sábado, para mostrar qual deve ser o novo tom que pretende imprimir em sua campanha a partir de agora. Usará ataques a Lula, ao PT e a Dilma Rousseff de maneira mais dura e direta. Até aqui, Serra vinha evitando o confronto direto, deixando essa função para seus aliados.

Na convenção, porém, usou o termo “neocorruptos” para se referir aos petistas e afirmou que o governo mantém um “esquadrão de militantes. “Não tenho esquemas ou patotas”, disse o tucano. O discurso do PSDB deve tentar colar a imagem de Dilma a escândalos políticos, como o mensalão e dossiês que teriam sido montados por sua equipe.

Popularidade

Já Dilma Rousseff mostrou na convenção do PT, realizada ontem, que sua estratégia será uma só: aproveitar a popularidade de Lula e afirmar que ela é a sua sucessora natural. O PT acredita que a estratégia de Serra de atacar o presidente pode se virar contra ele, devido aos altos índices de aprovação que o atual governo vem tendo.

O fechamento da coalizão com o PMDB, que agora oficialmente tem a vice na chapa, com Michel Temer, também é parte importante da estratégia petista. Com a coligação montada até aqui, Dilma tem palanques fortes em praticamente todos os estados do país. O Paraná, neste cenário, é uma exceção. Aqui, a indecisão de Osmar Dias (PDT), que ainda não formalizou sua candidatura ao governo do estado, e a possível fragilidade da candidatura de Orlando Pessuti (PMDB) ainda não dão ao partido a certeza de contar com um candidato viável no estado.

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