Com informações de Alexandre Costa Nascimento:
Uma das primeiras medidas de Rafael Greca como prefeito de Curitiba foi fechar o guarda-volumes usado por moradores de rua na Praça Osório. Parecia higienismo social, mas era apenas o prelúdio para ações que tentariam – com sucesso – complicar a vida de quem está em situação de rua.
A mais recente “melhoria” para quem não tem onde morar foi o fechamento do abrigo Boa Esperança, que oferecia 247 vagas. De acordo com a prefeitura seriam 1.700 pessoas vivendo na rua.
Leia mais: MP e Defensoria reagem a “políticas higienistas” de Greca contra moradores de rua
Para o fechamento do guarda-volumes a justificativa foi o seguinte: era necessário devolver a praça Osório para população. Os moradores de rua – parte da população também – se quisessem guardar seus poucos pertences teriam que ir até a o guarda-volumes da Rua Dr. Faivre.
Exemplo
Uma solução simples para amenizar a situação de quem vive na rua vem de Lisboa. O projeto foi criado a partir de financiamento coletivo e com o apoio da Câmara Municipal. Ele possibilitou a implantação de guarda-volumes instalados como equipamentos urbanos.
Os “Cacifos solidários” – cacifos são armários – além de servirem para o óbvio também são caixas postais. A ideia surgiu há quatro anos. Junto com a chave do armário vem a possibilidade de ter ajuda psicossocial, oferecida por equipes especializadas. São 72 cacifos espalhados por seis bairros de Lisboa.
O objetivo do projeto é humanizar e trazer dignidade a quem está marginalizado devido a situação e onde vive. Ser “um ‘degrau’ entre a rua e uma vida fora desta”.
Ouça o podcast Pequeno Expediente: Moradores de rua viram pedra no sapato do prefeito Rafael Greca
Colaborou: Camila Abrão.
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