É nesta quarta. O país tem a chance de começar a expurgar a intolerância de Jair Bolsonaro. O conselho de Ética da Câmara decide se abre ou não procedimento contra o deputado por ele ter dado um soco no senador Randolfe Rodrigues. Dependendo do resultado, Bolsonaro pode ser cassado.
O efeito da cassação pode ser pequeno, já que ano que vem tem eleições de novo e sempre há milhares de intolerantes dispostos a levar de novo ao Congresso um tipo como esse, que espanca colegas, defende a ditadura e ataca a própria democracia que permite sua eleição.
Mas pelo menos seria um modo de o país e os parlamentares dizerem que certas coisas não são aceitáveis. Que um deputado não pode agredir fisicamente alguém e achar que vai sair impune.
O momento e a situação da agressão só pioram o conjunto da obra: Bolsonaro estava em frente ao DOI-Codi, onde os parlamentares visitavam lugares de tortura durante o regime militar. Defensor da ditadura, Bolsonaro, que não fazia parte da comissão, queria forçar sua entrada. Podem-se imaginar os motivos. Quando lhe negaram a permissão, deu um soco em Randolfe.
Os defensores do DOI-Codi não podem ser bem-vindos numa democracia.
-
Lula usa alta do dólar para antecipar jogo eleitoral e minimizar o rombo fiscal
-
A disparada do dólar não tem nada de anormal
-
Apadrinhados por Bolsonaro e Caiado, dois candidatos de direita devem disputar 1º turno em Goiânia
-
Reino Unido realiza eleição com trabalhistas favoritos e direita nacionalista ameaçando conservadores
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS