A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou ontem uma moção de aplauso aos quato repórteres da Gazeta e da RPC TV por terem vencido o Prêmio Esso de Jornalismo com a série Diários Secretos.
O presidente Nelson Justus leu o requerimento, apresentado pelo deputado Tadeu Veneri, e, como sempre faz, sem esperar ninguém se manifestar sobre o tema, considerou-o aprovado.
A ironia é imensa. Não fosse pelo mau comportamento da Assembleia, não haveria a série. Não haveria o prêmio. Justus, junto com os diretores da Casa, alguns deles já presos, é um dos principais nomes envolbvidos no escândalo, já que presidiu o Legislativo por cinco anos e, no mínimo, não foi capaz de parar os escândalos.
É uma novidade para a Assembleia passar por essa saia-justa. Usualmente, os deputados aprovam e aplaudem tudo o que acontece no estado. Porque ninguém tem a coragem de mexer com eles, nada dizia respeito à sua atuação.
Por isso, parece que ontem foram pegos desprevinidos com a novidade. E acabaram preferindo aprovar rapidinho o documento para diminuir o problema. Afinal, seria muito pior se algum deputado mais esquentadinho pedisse a palavra para desancar a Gazeta, não?
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