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O governo do estado anunciou que iria cortar mil cargos em comissão. Parece uma boa notícia. Principalmente porque Beto Richa prometeu que não iria aparelhar o estado com a companheirada e, mesmo assim, ocupou com indicações política quase todos os 4,6 mil cargos disponíveis.

Depois, vai-se descobrindo que os mil não eram bem mil. E, notícia após notícia, a conta vai diminuindo. Descobriu-se, por exemplo, que 400 dos mil cargos já estavam vazios, e não vão significar um centavo a mais nos cofres públicos. Sobram 600.

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Descobre-se então, por revelação da oposição, que nesse ano o governo teve um saldo positivo de 172 cargos comissionados ocupados, desde janeiro. Ou seja, em relação ao final de 2012, não serão 600 cargos a menos, mas 428.

Há ainda a informação de que os cargos extintos serão substituídos por gratificações a funcionários de carreira que passarão a exercer cargos de chefia, por exemplo. E a matemática simplesmente já não funciona mais.

A outra conta, então, sobre o quanto será poupado, essa nem é possível fazer. O governo diz que serão R$ 48 milhões, mas se recusa a mostrar como chegou a esse cálculo. Ademar Traiano diz que é assim mesmo que se governa e que a informação, por vir do chefe dele, merece fé pública.

Talvez, ao vermos como o governo é bom de contas, fosse prudente que nos deixassem dar uma checada também nesses números…