Luiz Claudio Romanelli (PMDB) conseguiu o que parecia impossível. Depois de ser líder no governo PMDB, sobreviveu à transição para uma administração adversária. Virou secretário de Estado e, quando voltou para a Assembleia, conseguiu ser líder do governo Richa. Um case de sucesso, pode-se dizer. Mas não.
Nesta quarta-feira, Romanelli passou novamente por uma situação que vem se tornando rotineira para ele: foi vaiado por manifestantes a plenos pulmões. Seus discursos na tribuna da Assembleia, sempre que há público, têm sido pontuados pela raiva dos ouvintes. Dessa vez, a vaia surgiu quando ele defendia a reforma da previdência proposta por Richa.
Claro, trata-se de um público bem específico: servidores, sindicalistas, professores. Gente que ficou furiosa com o pacote de ajuste fiscal de Richa e que desconta tudo em quem está à mão: seu advogado, seu defensor número um. Aquele que está ali para responder pelos atos do governador.
Fosse só isso, e tudo iria bem para Romanelli. Mas no auge dos protestos contra o governo, ele sofreu manifestações duras nas cidades em que têm mais votos, como Cornélio Procópio. E aí a possibilidade de a ira popular afetar a votação começa a ser real.
O problema é que Romanelli deu um azar daqueles: se tivesse permanecido na secretaria, estaria quietinho num canto e ninguém se lembraria dele. Apareceria daqui a quatro anos nas ruas com algo para mostrar e sem telhado de vidro. A ascensão para a liderança do governo, depois da saída do secretariado, parecia ser uma boa notícia. Não foi.
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