Os adversários de Cida Borghetti estão ao mesmo tempo preocupados e esperançosos. Por um lado, veem que a governadora está se saindo eleitoralmente melhor do que eles esperavam com seu curto mandato. Por outro, sabem que a festa está perto de acabar.
Em pouco mais de dois meses, Cida passou de uma desconhecida para a substituta de Beto que liberou um caminhão de dinheiro para os municípios. De caneta cheia, soltou nada menos do que R$ 2,5 bilhões para prefeitos, que se sentem na obrigação de retribuir agora.
Cida viajou como uma louca e continua usando até os fins de semana para ir de quatro a cinco cidades por dia. Assina lançamentos de obras, repasses de verbas e até telessena corrida. E todo mundo sabe que esse é o tipo de coisa que levanta uma candidatura.
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A expectativa dos oponentes dela na corrida pelo governo é pela chegada do 7 de julho. A partir dessa data, Cida não poderá mais assinar convênios nem liberar verbas. “O governo dela praticamente acaba daqui a três semanas”, analisa um deputado da base de Ratinho.
A partir de julho, em função da lei eleitoral, os governantes perdem boa parte da margem de manobra, e ficam restritos a gerir crises e dar declarações de efeito. Mas verba, que é o que dá mais voto, pode esquecer.
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