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Comandante da Aeronáutica diz a jornal que intervenção militar seria retrocesso

Brigadeiro Nivaldo Rossato. Antônio Cruz/ABr (Foto: )

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, afirma que uma intervenção militar no Brasil seria um retrocesso e que não tem a menor chance de ocorrer. A declaração, dada ao jornal Correio Braziliense, vem como resposta a afirmações de alguns militares do Exército, que cogitaram a opção recentemente.

A intervenção militar é um retrocesso, sem qualquer chance de ocorrer, pois a Constituição estabelece de forma clara a missão das Forças Armadas. Temos a missão de garantir a lei e a ordem, sob a autoridade suprema do presidente da República.

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Segundo o brigadeiro, a ideia de que uma possível intervenção dos militares seria uma saída para a crise vem do passado das instituições brasileiras. “Existia uma herança, de nosso passado, de que as Forças Armadas seriam tutoras da nação, e assim foi por muito tempo. Mas elas não são mais, e isso o próprio ministro diz, o próprio comandante do Exército diz.”

O comandante não nega a crise. Mas diz que a Constituição é clara ao dizer que só os Poderes civis devem tratar de assuntos políticos. “A gente entende que o poder civil, ou seja, o Legislativo e o Judiciário têm consciência de sua responsabilidade. São responsáveis por um país com mais de 200 milhões de habitantes. Não temos mais um órgão que controla a Nação”, afirmou.

A intervenção militar é um retrocesso, sem qualquer chance de ocorrer, pois a Constituição estabelece de forma clara a missão das Forças Armadas. Temos a missão de garantir a lei e a ordem, sob a autoridade suprema do presidente da República.

O brigadeiro deu a entender ainda que caso algum militar da ativa na Aeronáutica venha a defender intervenção será punido. “O que está previsto é isso. Quando vejo oficiais da reserva da Aeronáutica — normalmente o cara da reserva começa a ficar valente —, eu digo assim: “Pegue sua barraquinha, bote na Esplanada, e vá lá protestar, como cidadão”. Agora, oficiais da ativa não podem fazer isso.”

Sobre o “militarismo” de Bolsonaro, suposto candidato presidencial, o brigadeiro disse apenas que “o deputado Bolsonaro saiu há uns 30 anos das Forças Armadas e tem uma maneira de se expressar mais agressiva e uma receptividade da população muito grande”.

Clique aqui para ler a entrevista completa no Correio.

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