As frases do coronel foram extraídas, segundo o Ministério Público, de mensagens de celular que ele mandou no dia 26, ao observar o plano de ação da Polícia Militar para conter os manifestante sem frente à Assembleia, e ao ver o clima que se armava para a votação da reforma da previdência.
“Acredito que estamos na iminência de cometermos um flagrante abuso de autoridade”, diz uma mensagem. “Não vejo como impedir o acesso de pessoas, caminhão de som, montagem de barracas no Centro Cívico. Nossa missão é garantir que a Alep [Assembleia Legislativa do Paraná] não seja invadida e, caso ocorra, reintegrar a mesma”, continua a mensagem. “Gostaria que reestudassem o que planejaram anteriormente”, diz o coronel (ver mais aqui).
O governo poderia ter tomado duas decisões. A primeira seria rever seu plano. Poderia ter evitado que 213 pessoas se ferissem, que professores apanhassem em praça pública, que um pit bull atacasse pessoas, que balas de borracha e granadas de efeito moral fossem atiradas contra a população. Não foi o que aconteceu. Mas é preciso deixar claro, pois é isso que evidencia a mensagem do coronel: trata-se de uma decisão consciente, de quem sabia o que ia ocorrer.
A opção foi pelo segundo caminho. Tirar quem estava no caminho – o coronel – e prosseguir exatamente como se pretendia. O que mostra, novamente, que se tratou de uma opção consciente, sabendo o que se obteria com aquilo.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
Com “puxadinhos” no Orçamento, governo Lula legaliza fracasso do arcabouço fiscal
Alexandre de Moraes procurou presidente do Banco Central para pedir pelo Banco Master
Campanha da Havaianas com Fernanda Torres leva chinelada de políticos e consumidores de direita
Próximo alvo? As semelhanças e diferenças nas ofensivas de Trump contra Maduro e Petro