Até mesmo aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) admitem que ela muito provavelmente será afastada a partir de 11 ou 12 de maio, quando o Senado vota a admissibilidade do processo de impeachment. Para evitar o afastamento temporário, o governo precisaria de 41 votos, e sabe não ter hoje.
No Senado, pelo menos 50 dos 81 parlamentares já declararam voto a favor do impeachment. A não ser que 10 senadores virem de lado nas próximas duas semanas, Dilma fica fora do cargo até que os senadores façam o julgamento definitivo do processo, o que deve acontecer em setembro, provavelmente.
“Hoje é muito difícil reverter isso”, diz o deputado Assis do Couto (PDT), um dos quatro paranaenses a se opor ao impeachment na Câmara. “Se fosse para segurar o processo, tinha que ter sido na Câmara”, afirma.
“Não vamos desistir. Vamos lutar até o último momento, inclusive com a pressão das ruas”, diz o deputado Enio Verri (PT), outro paranaense a lutar contra o impeachment. Porém o deputado, que é presidente do PT no Paraná, admite que a situação no Senado é complicada. “Sabemos que impedir a admissibilidade é difícil. Vamos lutar para reverter isso no julgamento”, diz.
Segundo Verri, mesmo fora do mandato, Dilma teria como lutar contra o impeachment. “São quatro meses, vamos imaginar, até o julgamento. Quatro meses do governo do Temer. Vamos mostrar o que vai ser esse governo e a população pode muito bem mudar de ideia sobre o processo”, diz.
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