É um cenário improvável, para não dizer impossível. Mas, como sonhar não custa nada, aliados do governador Beto Richa (PSDB) têm em mente uma chapa que tornaria a eleição para o Palácio Iguaçu uma mera formalidade. E, de quebra, poderia significar a aposentadoria do senador Roberto Requião (PMDB).
Na composição tratada mais como um desejo distante do que de fato uma aliança viável, o senador Alvaro Dias (Podemos) seria o candidato a governador. A vice-governadora Cida Borghetti (PP) seria mantida no cargo para 2019. Já o deputado estadual Ratinho Jr. (PSD) disputaria a reeleição com a garantia de assumir a presidência da Assembleia na próxima legislatura. Por fim, os dois candidatos ao Senado seriam Richa e o ex-senador Osmar Dias (PDT).
Esse grupo certamente reuniria mais de 20 partidos e, como consequência, deixaria Requião completamente isolado. Restaria ao peemedebista ir para uma disputa inglória contra Alvaro pelo governo do estado. Ou tentar a reeleição numa briga não menos complicada contra Richa e Osmar pelas duas cadeiras do Paraná no Senado que estarão abertas para o ano que vem.
No entanto, como diz o ditado, falta combinar com os russos. Alvaro vem correndo o país para viabilizar sua candidatura à Presidência da República. Cida deve assumir o Executivo estadual daqui a um mês, o que fortalecerá bastante sua pretensão de buscar a reeleição ao cargo de governadora. Ratinho é outro que tem dado sinais de que, ainda que chova canivetes, não abrirá mão de tentar chegar ao Palácio Iguaçu. E Osmar, que se lançou para o governo do estado dois anos antes do pleito, também reafirma que mantém seu nome na disputa a qualquer custo.
Por tudo isso, a chapa dos sonhos dos aliados de Richa parece mais uma elucubração entre um cafezinho e outro nas salas do poder no Centro Cívico. Mas, como em política tudo é possível, não se espantem se todos eles se acertarem até o início da campanha eleitoral.