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Foto: Luiz Wolff.
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Um passo decisivo para a eleição ao governo do estado pode ter sido dado em Brasília nesta quinta-feira (8). No Senado, reuniram-se o senador Alvaro Dias (Podemos) e o deputado estadual Ratinho Jr. (PSD). Por algumas horas, os dois desenharam equações que possam facilitar o caminho para ambos se elegerem em outubro: o primeiro como presidente do Brasil e o segundo como governador do Paraná.

No papel, a estratégia construída por eles é considerada infalível. Alvaro apoia Ratinho na disputa estadual e, em troca, ganha a força televisiva nacional de Ratinho pai junto a um eleitorado em que ele não tem penetração. Já o deputado do PSD conquista o aval daquele que deve ser disparado o presidenciável mais votado no Paraná e pavimenta uma vitória no primeiro turno rumo ao Palácio Iguaçu.

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O maior empecilho, porém, tem nome Osmar e sobrenome Dias. O irmão de Alvaro também pretende disputar o governo do estado e, por ora, figura como adversário mais duro de Ratinho na briga pela preferência do eleitorado.

Mas o senador do Podemos não parece ver grandes dificuldades em dobrar o irmão e convencê-lo a abrir mão do Palácio Iguaçu para disputar o Senado. No Facebook, ele escreveu que tratou com Ratinho “do desejo de unir forças no Paraná, e de encontrar o caminho eleitoral mais adequado para o estado e para o país, no qual o ex-senador Osmar Dias também fará parte”.

Ao Caixa Zero, Alvaro disse que não tinha nada a acrescentar além da postagem feita na rede social. “Estou no avião pra Aracaju agora e não posso falar. Apenas contato institucional. Sem negociação política”, foi a resposta do parlamentar, via Whatsapp.

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Questionado sobre o encontro desta quinta, um dos integrantes da bancada PSD-PSC controlada por Ratinho na Assembleia confirmou que o plano é exatamente esse. A aproximação com Alvaro teria ocorrido, em grande parte, diante da notícia interna de que o governador Beto Richa (PSDB) já teria se decidido em concorrer ao Senado na chapa de Cida Borghetti (PP).

Uma tentativa de manter a base relativamente unida seria um possível acordo de que a chapa de Ratinho não lançará nome ao Senado. Mas do lado do ministro da Saúde e marido de Cida, Ricardo Barros (PP), já teria vindo a mensagem: aliado que não apoiá-la vai perder tudo que tem hoje no governo. Será tratado como oposição.

E se a dobrada Alvaro-Ratinho se viabilizar, a chapa adotará discurso de oposição a Cida e, consequentemente, a Richa. É esperar para ver.

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