Alvaro Dias tem até um belo cacife para quem jamais disputou uma eleição nacional. Segundo o Datafolha deste fim de semana, parte com 4% a 5% das intenções de voto, dependendo do cenário. É muito voto: uns 5 milhões de pessoas. É pouco voto: não dá nem para sonhar com segundo turno, a não ser que algo estranho aconteça.
O Podemos é um partido pequeno e Alvaro não tem apoio de legendas significativas. Na tevê, não terá tempo para quase nada, nem no rádio. Também não terá muito dinheiro. Ideologicamente, se verá emparedado por candidatos de maior expressão, como Alckmin e Joaquim Barbosa.
No fundo, Alvaro parece ter pouco a ganhar com a candidatura. Poderia, a essa altura, mantê-la, sabendo que as chances de vitória são pequenas; sonhar com uma vice; ou desistir e vir para o Paraná, onde a eleição para o governo estaria bem mais fácil.
Para isso, há um único inconveniente, que é a candidatura do irmão, Osmar. Mas Osmar, embora seja competitivo, está ficando sozinho, sem apoios. E poderia sair a senador numa chapa forte. Será?