A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira a constitucionalidade do Plano Estadual de Educação com menos de uma hora de discussão e se atendo apenas a um único ponto. Por 48 votos a três, os deputados decidiram que o plano pode tramitar, mas já ficou claro que o item que defende a “igualdade de gênero” vai cair.
A votação foi feita depois de vários discursos da bancada evangélica contrários ao projeto. Os deputados que disseram estar votando contra o projeto e “a favor da família” foram bastante aplaudidos pelas pessoas nas galerias. Representantes de várias igrejas estavam presentes ao plenário para acompanhar a votação.
Os deputados evangélicos se mostraram preocupados inclusive em declarar o projeto constitucional, já que segundo alguns deles a previsão de “igualdade de gênero” deforma o conceito de família conforme ele está na Constituição. O ponto foi levantado pelo líder do PSC, Leonaldo Paranhos, e pelo Pastor Edson Praczyk (PRB).
Também discursaram contra o projeto o Pastor Gilson de Souza (PSC), Felipe Francischini (SD) e Cantora Mara Lima (PSDB). A favor da proposta de igualdade de gênero, apenas Professor Lemos (PT), que disse que a escola “nunca ensinou o que não precisa ser ensinado” e pediu respeito aos professores, sendo vaiado.
O tema do gênero foi o único debatido, apesar de o projeto traçar estratégias para toda a questão da educação no estado nos próximos dez anos. Como recebeu 65 emendas em plenário, o projeto agora volta à CCJ e vai a votação em plenário na próxima segunda-feira.
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