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O deputado Vinícius Gurgel (PR-AP), um dos mais destacados membros da brigada de apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu afirmar nesta quarta-feira em público que tem problemas psicológicos, psiquiátricos, infantis e que bebe. Tudo isso para evitar um processo por falsidade ideológica.

Gurgel foi alvo de uma denúncia da Folha de S.Paulo por causa de uma assinatura que seria falsa. Na votação da abertura do processo no Conselho de Ética contra Cunha, Gurgel não poderia participar. Se faltasse, porém, seu suplente assumiria. E o suplente era do PT, votaria contra Cunha. Para resolver isso, seria necessário que ele renunciasse à sua vaga no conselho, o que permitiria ao PR indicar outro representante.

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De acordo com dois peritos ouvidos pela Folha, a assinatura de Gurgel é falsa. Grosseiramente falsificada, na verdade. Para explicar a assinatura tremida é que Gurgel começou a falar de seus problemas, dos quais ele teria avisado a Câmara há três anos. Cunha nega que tenha havido qualquer manobra ilícita.

 

O deputado paranaense Sandro Alex (PPS) está coletando informações e afirmou na sessão do Conselho de Ética que pediu as assinaturas de Gurgel à Folha e que vai pedir uma perícia oficial dos documentos. Se for confirmada a falsidade, pedirá a abertura de processo de Gurgel. “Isso inclui a possibilidade de dois crimes: falsidade ideológica e assinatura falsa em documento público. Ele pode ser cassado e até preso”, disse.

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