A possível parceria entre Osmar Dias e Roberto Requião, anunciada nesta sexta-feira pelo peemedebista, tem potencial para mudar a cara da eleição. Ao invés de três candidatos fazendo alianças à direita, haveria dois grupos mais à direita e um à esquerda.
Ou seja: de um lado teríamos Ratinho Jr. dividindo votos com Cida Borghetti, cada um tentando completar suas respectivas chapas com candidatos a senador e vice extraídos do grupo de Beto Richa. (Além do próprio Beto, poderiam estar aí nomes como Ney Leprevost e Fernando Francischini.)
Do outro lado, Osmar sairia para o governo com Requião disputando o Senado, numa réplica exata da chapa de 2010, que perdeu por pouco para Richa e seu séquito. Mas dessa vez, com uma diferença: sem o PT, já que Osmar deixou claro que não fará aliança com a companheirada desta vez.
Essa, na verdade, parece ser uma das duas únicas possibilidades de haver uma chapa “anti-Beto Richa” de peso em 2018. A outra seria o próprio Requião sair para o governo, coisa que ele não parece estar cogitando – ou não teria dado essa colher de chá para Osmar.
No entanto, o grupo de Osmar diz que por enquanto tudo isso é especulação. Requião estaria inchando a importância do encontro dos dois, e Osmar por enquanto só estaria interessado em ouvir propostas para um plano de governo – e não teria qualquer encaminhamento de formação de alianças.
Ou seja: no velho estilo Osmar Dias. Muita calma e muito mais indefinição do que qualquer parceiro político parece disposto a tolerar.
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