Demorou cinco anos e três meses, mas Valdir Rossoni (PSDB) conseguiu o cargo que sempre quis no governo Beto Richa (PSDB). Será chefe da Casa Civil, agora já com tudo anunciado e confirmado pelo próprio governo do estado. Toma posse no dia 21, no lugar de Eduardo Sciarra.
A Casa Civil é o centro nervoso de qualquer governo. É de lá que parte a articulação política, é de lá que se faz a coordenação de todo o secretariado. É o posto central no Executivo depois do governador. Dá para entender por que se luta por ele.
Antes mesmo de o primeiro mandato de Richa começar, Rossoni já queria a cadeira. Na época, Richa negociou outro acordo e pediu a Rossoni que comandasse a Assembleia, que vinha de um escândalo sem precedentes com os Diários Secretos.
Em conversas, Rossoni já em 2010 dizia que preferia ir ao governo. Na Assembleia, murmurava, teria de comprar briga com muita gente. De fato, foi o que aconteceu. Para contornar a baderna que havia se instalado no Legislativo, fez inimigos. A pressão por privilégios e mordomias, infinita, causou-lhe mais desgaste.
E esse, exatamente, é seu problema no momento para assumir a Casa Civil. Entre os deputados estaduais, há muitos que não o veem com bons olhos. A ideia de Rossoni na Casa Civil provocou arrepios entre vários dos 33 membros da base de Richa. Pelo menos um ameaçou claramente ir embora se ele chegasse.
Para conseguir o que queria, Rossoni usou armas pesadas, incluindo a ameaça de sair do PSDB e um telefonema a Aécio Neves. Precisou esperar alguns meses para confirmar que, pelo menos até agora, seu nome não apareceu com mais ênfase na Operação Quadro Negro. Por enquanto, foi citado apenas de passagem.
Em entrevista neste domingo, disse que ele e Richa ficam felizes de ser investigados, para demonstrar sua inocência. Seus inimigos na Assembleia torcem desde já para que ele seja citado mais vezes. Só o tempo dirá.
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