A Câmara de Curitiba finalmente vai ter uma bancada de oposição formalizada e com mais de um integrante. Apesar disso, o número de integrantes continua pífio e é aparentemente incapaz de conseguir um mínimo de coesão para fazer um trabalho razoável.
No início da atual gestão da prefeitura, Gustavo Fruet (PDT) tinha a oposição de apenas uma vereadora, Noêmia Rocha (PMDB). Mas ela nunca fez uma oposição mais dura e até votou várias vezes junto com a prefeitura. Depois, Professor Galdino (PSDB) foi para a oposição, mas não jogava junto com Noêmia.
Agora, a suposta bancada de oposição, segundo o seu articulador, Jorge Bernardi (REDE), tem quatro vereadores confirmados e, talvez, mais alguns a caminho. Só isso, numa Câmara com 38 integrantes. Ou seja: por enquanto, três anos depois do início da gestão e a oito meses da eleição, pouco mais de 10% dos parlamentares se animam a ir formalmente para a oposição.
Segundo Jorge Bernardi, o número pode crescer. Mas ele mesmo admite que muitos dos vereadores que hoje votam contra o prefeito preferiram não entrar na nova bancada. Caso de Chicarelli (PSDC) e Pastor Valdemir (PRB), por exemplo.
Por enquanto, três partidos aderiram à bancada de oposição: PMN. Solidariedade e PMDB. Mas cada um tem apenas um vereador, assim como a REDE, de Bernardi. Segundo os oposicionistas, a baixa adesão se dá porque a prefeitura ainda parece ter atrativos para manter a base unida.
Líder do prefeito, Paulo Salamuni (PV), jura que a atual gestão mantém o apoio de quase toda a Câmara sem usar de expedientes de cooptação. Segundo ele, o verdadeiro indicativo de quantos são fiéis ao prefeito é o resultado da eleição para presidente da Câmara, no ano passado. A oposição teve 11 votos.
“O que me preocupa é que essa oposição não parece ter propostas. Seria bom ter uma oposição de verdade, como fazíamos no tempo do Derosso. Mas não é isso que acontece hoje”, diz.
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