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O Supremo Tribunal Federal vai deixando chegar ao final de seu segundo ano o processo que discute as aposentadorias dos ex-governadores do Paraná. Sobre o caso a ministra Rosa Weber não escreve, não liga, não dá notícias. Para todos os efeitos, é como se a OAB jamais tivesse entrado com pedido nenhum em tribunais. É mais um processo na gaveta de um ministro. Para você e para mim, é a permanência de um custo surreal e desnecessário.

A ação da OAB foi impetrada em janeiro de 2012. A ministra Ellen Gracie decidiu que não havia pressa, literalmente. Negou a liminar com base no fato de que a urgência era inexistente. Tudo podia ser feito de acordo com o longo rito da Justiça brasileira. Nesse momento, os ex-governadores, acostumados a procrastinar as coisas e sabedores da ineficiência do Judiciário, sabiam que já tinham vencido a parada, pelo menos por um longo tempo.

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E lá está o resultado. Ellen Gracie se aposentou, foi cuidar da vida ela própria. Recebe a sua aposentadoria, assim como a recebem os ex-governadores do Paraná (inclusive os que nem eleitos foram para função, tendo assumido em cumplicidade com o Estado de exceção patrocinado por ditadores). Todos os meses, pingam mais de R$ 24 mil na conta de cada um e das viúvas dos que não estão mais aí. A própria mãe do governador Beto Richa já levou  nesse tempo coisa de meio milhão de reais.

Algo precisa ser feito com nossa Corte Constitucional. Não é possível que todos os processos levem meia década ou mais para serem resolvidos. Isso já nem é mais justiça.