Caso o Senado mantenha o cronograma atual e a disposição de rifar Dilma, faltam três semanas para a posse de Michel Temer. Evidente que ele já está com tudo pronto para começar seu governo, o que passa pela formação do ministério.
É claro que a essa altura anunciar nomes parece mera arrogância. Mas todo mundo sabe que algumas peças fundamentais para Temer estarão lá. Caso de Eliseu Padilha, um dos magos que costurou a queda de Dilma, e de Moreira Franco.
Em outros casos, os aliados preferem não falar em nomes, mas em perfis. Dizem, por exemplo, que Temer teria de dar preferência para não-políticos em alguns ministérios. Um jurista na Justiça, economistas no Planejamento ou no BC, por exemplo.
Ou, se chamar políticos, teriam de ser pessoas que não sejam marcadas pelo traço fisiológico do PMDB de Michel Temer. “Têm que ser pessoas que façam a população recuperar a crença no governo”, diz um deputado federal. “Não pode ter gente que leve a Miss Bumbum para a Esplanada.”
Por não ter ganho eleições, Temer assume sem caneta cheia. Por citado na Lava Jato e vice de Dilma, assume sob suspeita. Por ser símbolo do fisiologismo sem votos, assume precisando conquistar as massas – nem que seja para não cair.
Entre os políticos, estariam cotados, por exemplo, Cristovam Buarque, para a Educação, e José Serra para a Saúde. Os dois já passaram pelo ministério. Serra, no governo Fernando Henrique, fez uma gestão elogiada no combate à aids e foi o “pai” dos genéricos.
Cristovam é visto como alguém acima de qualquer suspeita e tem toda uma tradição na área educacional. Embora pedetista e ligado em certo momento ao petismo (foi ministro de Lula), afastou-se do governo e vota pelo impeachment.
Quanto aos paranaenses, o único que tem algum cargo garantido é Rodrigo Rocha Loures, assessor pessoal de Temer. Poderia ser chefe de Gabinete ou algo do gênero.
Assim, boas apostas para o governo poderiam ser:
Casa Civil – Eliseu Padilha
Secretaria Geral da Presidência – Moreira FrancoEducação – Cristovam Buarque
Saúde – José Serra
Chefe de Gabinete – Rodrigo Rocha Loures
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