A votação do relatório pelo impeachment de Dilma na comissão especial criada para o tema tem peso meramente simbólico. Se o relatório for aprovado, a oposição precisa de 342 votos para levar o processo adiante. Sem sua aprovação, precisa dos mesmos 342 votos.
No entanto, em política, quando se diz que algo é só simbólico não quer dizer que não seja relevante. Política é feita de símbolos. E uma coisa é chegar ao plenário com um relatório aprovado, pedindo o afastamento da presidente; outra diferente é chegar sem este aval.
Parece curioso, já que não se trata de um relatório feito por técnicos, nem está sendo avaliado por alguém de fora do Congresso. Ou seja: os deputados terão apenas o aval deles mesmos caso aprovem o relatório. Mas é assim que se constroem as coisas no Congresso: tendo argumentos.
O argumento de que uma comissão avaliou e aprovou o impeachment será usado. E será forte. É como se os deputados que votarem contra o impeachment no plenário estivessem indo contra um parecer anterior que fundamenta o afastamento. Mesmo esse parecer não tendo peso maior do que a avaliação do plenário – muito pelo contrário.
Por isso o governo se empenha em tentar pelo menos diminuir o tamanho da derrota na comissão. Pois sabe que isso é uma bala a mais na já pouca munição que tem para o confronto decisivo, no próximo domingo.
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