Ainda tem muita gente no Brasil disposta a aprovar a pena de morte no país. Uma pesquisa de 2007 dizia que mais da metade pensava que essa seria uma boa medida: 55%. De acordo com a história do Brasil, essas pessoas estão dispostas a voltar exatos 140 anos no tempo.
O Senado publicou uma bela reportagem contando a história da última vez em que alguém foi morto por ordem do Estado no Brasil. Foi em 1876, numa pequena cidade alagoana. O negro Francisco foi enforcado em Pilar.
O escravo foi condenado por matar duas pessoas. Recorreu à clemência do imperador D. Pedro II, mas a pena foi mantida.
“Acorrentado ao carrasco e com a corda já no pescoço, Francisco percorreu as ruelas da cidade num cortejo funesto até o ponto em que a forca estava armada. Na plateia havia escravos, levados por seus senhores para que o caso lhes servisse de exemplo”, diz o texto.
A lei que permitiu a morte do negro Francisco era apenas para escravos. Tinha sido aprovada em 1835 e continuou vigindo mesmo depois de 1876. Mas D. Pedro II decidiu não mais permitir as execuções. E, na República, nunca houve pena de morte no país.
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