Quem convive com o governador Beto Richa tem cada vez mais a impressão de que ele vai mesmo ser candidato ao Senado. Do começo do ano até agora, houve muitas dúvidas sobre o assunto. O próprio Beto parecia não saber bem o que fazer.
“Passei meses achando que ele não seria candidato. Agora acho que é”, diz o deputado Hussein Bakri, vice-líder de Richa na Assembleia. “Tenho convicção de que o Beto Richa é candidato”, diz outro deputado muito próximo do governador.
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Mas o que teria mudado? Segundo alguns aliados de Richa, o ponto decisivo na decisão de sair ou não em abril do governo é um acordo com Ricardo Barros. Articulador da campanha da esposa, a vice-governadora Cida Borghetti, Barros teria que dar algumas garantias a Beto.
Medo
“O receio dele sempre foi entregar o governo nas mãos da Cida, apoiar outro candidato, como o Ratinho, e ver o grupo do Barros usar a máquina contra ele”, diz um aliado de Beto. Cida poderia derrubar secretários importantes para Richa ou até, hipótese menos provável, promover uma “devassa” na gestão do governador.
Mas nas últimas semanas, segundo se diz, os dois lados estariam se entendendo melhor. Beto Richa almoçou com Ricardo Barros há poucos dias e teria ficado tranquilizado com o que ouviu.
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É evidente que Cida (que hoje só tem um secretário de seu partido, o PP, no Meio Ambiente), teria que nomear pessoas mais próximas. Mas não haveria terra arrasada.
Outros aliados de Richa dizem que a aproximação, se houve, ainda está longe de ser definitiva. “É muito cedo”, diz um articulador. Tudo se resolveria só à medida que o jogo de cada parte envolvida ficar mais claro.
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