• Carregando...
As pulseirinhas e as proibições
| Foto:
Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Pulseirinhas: proibidas em Londrina, em Curitiba e em todo lugar…

O prefeito Luciano Ducci sancionou a lei que proíbe as tais “pulseirinhas do sexo” em Curitiba. Foi uma resposta razoavelmente rápida a um problema pontual. Depois que houve relatos de estupros de garotas que estavam com o enfeite, os políticos se viram na necessidade de fazer algo. Fizeram.

Mas a proibição às vezes parece tola (claro, como alguém argumentou, se um só problema for evitado com isso, terá valido a pena). Fica parecendo que a única coisa que a sociedade pode fazer é esperar que o Estado interfira e proíba.

E as proibições vão ficando cada vez mais comuns. E, por medo de que problemas aconteçam, cada vez mais medidas restritivas vão sendo adotadas.

Proibiram-se as pulseirinhas. Estão votando a proibição de celulares em agências bancárias. Acabo de ver que um vereador propôs aqui em Curitiba a proibição de distribuição de sacolas de plástico nos supermercados.

Não deveríamos ter necessidade de leis para certas coisas. No caso da pulseirinha, é bastante óbvio, como mostraram as matérias de repórter Paola Carriel para a Gazeta do Povo, que a educação e o cuidado dos pais é o caminho mais certo.

Nossos políticos acabaram ficando acostumados a esse tipo de resposta fácil. Apareceu um problema? Proíba-se o que pode levar a ele.

É como se o debate, a discussão, o bom senso não pudessem prevalecer. Só a lei e a força funcionam.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]