![As pulseirinhas e as proibições](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2010/05/pulseiras-ha_24-04-10-300x200-47a59c44.jpg)
![Hedeson Alves/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2010/05/pulseiras-ha_24-04-10-624x416-47a59c44.jpg)
O prefeito Luciano Ducci sancionou a lei que proíbe as tais “pulseirinhas do sexo” em Curitiba. Foi uma resposta razoavelmente rápida a um problema pontual. Depois que houve relatos de estupros de garotas que estavam com o enfeite, os políticos se viram na necessidade de fazer algo. Fizeram.
Mas a proibição às vezes parece tola (claro, como alguém argumentou, se um só problema for evitado com isso, terá valido a pena). Fica parecendo que a única coisa que a sociedade pode fazer é esperar que o Estado interfira e proíba.
E as proibições vão ficando cada vez mais comuns. E, por medo de que problemas aconteçam, cada vez mais medidas restritivas vão sendo adotadas.
Proibiram-se as pulseirinhas. Estão votando a proibição de celulares em agências bancárias. Acabo de ver que um vereador propôs aqui em Curitiba a proibição de distribuição de sacolas de plástico nos supermercados.
Não deveríamos ter necessidade de leis para certas coisas. No caso da pulseirinha, é bastante óbvio, como mostraram as matérias de repórter Paola Carriel para a Gazeta do Povo, que a educação e o cuidado dos pais é o caminho mais certo.
Nossos políticos acabaram ficando acostumados a esse tipo de resposta fácil. Apareceu um problema? Proíba-se o que pode levar a ele.
É como se o debate, a discussão, o bom senso não pudessem prevalecer. Só a lei e a força funcionam.
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