Reportagem de Guilherme Voitch publicada neste domingo na Gazeta do Povo ajuda a elucidae o caso mais curioso do atual governo estadual: afinal, onde foram parar as 22 mil tevês alaranjadas compradas à doadora de campanha Cequipel?

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Retomando os fatos:
– A Cequipel foi a maior doadora de campanha de Requião. Vende móveis.
– O governo do estado lançou uma licitação para comprar 22 mil tevês, para pôr nas salas de aula do estado. Ganhou a Cequipel, que vende móveis.
– As tevês, alaranjadas por definição no edital, foram compradas pela Cequipel à CCE, que vende tevês – normalmente, não alaranjadas.
– As tevês alaranjadas tinham um custo unitário maior do que as comuns, de loja. O governo explicou. É que elas têm entrada para pendrive e servem para o professor inserir conteúdo da aula na tela, que não é alaranjada.
– Desde então, nenhuma notícia das tevês. Pelo menos nas salas de aula.

Agora, a reportagem de Guilherme mostra que o governo desistiu de usar as tevês neste ano. E diz que elas só chegarão às salas de aula em 2008. Por enquanto, apenas um pequeno lote está sendo usado para treinamento de professores. Mas o governo garante que as tevês já foram entregues pela Cequipel. E estão alaranjadíssimas, disso ninguém duvide.
O governo também já licitou os pendrives e agora está comprando os racks para instalar as tevês. Tudo certo, tudo explicado.

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No entanto, algumas coisas continuam me intrigando: porque o governo não comprou as tevês direto da CCE, ou de outra empresa que fabrique televisões? Por que levar um ano para instalar tevês em sala de aula? Nem a Net demora tudo isso para atender um cliente. E, principalmente, porque as tevês tem de ser alaranjadas?