Uma declaração curiosa da vereadora Nely Almeida (PSDB), durante a patética sessão da CPI do caso Derossol, nesta quarta-feira, faz pensar sobre qual é o papel dos outros vereadores de Curitiba na atual crise da Câmara.

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Nely, que ao invés de fazer perguntas preferiu simplesmente elogiar Derosso, falou que o colega era “taõ competente” que era reeleito para a presidência toda vez sem nem precisar discutir o assunto.

Ou seja: os vereadores, admite ela, estavam repetidamente entregando cartas brancas a Derosso. Confiavam no trabalho dele integralmente.

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A dúvida que fica é a seguinte: o Ministério Público e o Tribunal de Contas dizem que há indícios flagrantes de irregularidades. E alguns deles eram realmente visíveis: ou será que os vereadores não sabiam que a mulher de Derosso mantinha um contrato milionário com a câmara?

Se eles estavam tão satisfeitos com a sua gestão, há algumas poucas hipóteses:

1- Acham que a gestão deveria ser assim mesmo, e acreditam que o MP e o TC estão totalmente errados;

2- Acham que Derosso estava certo em fazer contratos como o que assinou com a Oficina da Notícia, mesmo sabendo que a lei diz, por exemplo, que funcionários não podem fechar contratos com a gestão pública;

3- Não perceberam os indícios de erros, e nesse caso é sinal de que nem estavam atentos ao que acontecia ao seu redor.

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Todos eles foram eleitos e sabem que terão de ser reeeleitos no ano que vem (Nely Almeida não, ela deve se aposentar). Qual será o discurso que adotarão para seus eleitores?

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