O governo do Paraná está pedindo mais prazo para apresentar a documentação necessária para fazer um empréstimo internacional de U$ 67,2 milhões. O governo teve 540 dias para apresentar a documentação, mas não conseguiu fechar as negociações com o governo federal.
O empréstimo é para a área de segurança pública e o dinheiro deve vir do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em agosto de 2014, o governo obteve autorização do Senado para fazer o empréstimo. Mas não tinha os documentos necessários para liberar a verba.
Segundo Mauro Corbellini, da Coordenação de Desenvolvimento Governamental, ligada à Secretaria de Estado de Planejamento, de início o problema foi a falta de pagamento de precatórios por parte do governo.
“Tínhamos três meses atrasados. Depois da posse do secretário Mauro Ricardo, na Fazenda, ele começou a colocar isso em dia,. Em agosto, estávamos com tudo pronto”, diz Corbellini. De acordo com ele, a partir daí os problemas foram do governo federal.
Com a troca de ministro da Fazenda (de Joaquim Levy para Nelson Barbosa) teria havido problemas internos no ministério, que atrasaram os pedidos. “Agora estão revendo tudo”, afirma Corbellini.
O pedido para extensão de prazo foi feito pelo senador Alvaro Dias (PV). “O Paraná provavelmente perdeu o tempo por problemas administrativos que já conhecemos de sobra”, disse nesta terça, na Comissão de Assuntos Econômicos, o senador paranaense.
Curiosamente, o prazo não foi estendido por pedido de vistas de um senador do partido de Beto Richa. Ricardo Ferraço (PSDB-ES) questionou a prorrogação. “Essa operação foi fechada em 8 de agosto de 2014. Nós estamos de abril de 2016. Foram 540 dias para a contratação da operação de crédito”, diz ele, ressaltando que o governo não apresentou justificativas para a necessidade de prorrogação.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), aproveitou para ironizar o governador. “Aproveito para esclarecer a oportunidade para esclarecer em relação às operações de crédito do Paraná. Injustamente fui acusada por um ano e meio de ser a pessoa que não deixava o Paraná ter acesso a operações de crédito. Hoje estamos vendo os motivos do atraso e dos problemas nas operações de crédito no estado do Paraná”, disse.
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