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Aumento de homicídios reflete problemas mais graves de Curitiba
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Maritza HaisiO fato de o número de homicídios ter subido em Curitiba em 2014 pode parecer estranho para quem acompanhou o noticiário sobre o assunto. Essa foi uma área em que realmente o governo fez investimentos ao longo dos últimos dois anos, principalmente com a criação de uma divisão de Homicídios na capital.

A divisão é um belo avanço em relação ao que existia antes. A antiga delegacia que cuidava dos casos tinha cerca de 40 funcionários em 2011. Hoje, a divisão tem mais de 140. Antes, eram cinco delegados. Agora, são oito. Foi criada uma equipe para cuidar dos casos antigos não resolvidos. E… mesmo assim os casos aumentaram 7,3%.

Não só isso: aumentaram em cima de números já altos. Em 2014, houve 569 assassinatos na capital. Como mostrou a série “Crime sem castigo”, o fundo do poço nesse aspecto aconteceu em 2010, quando a quantidade de homicídios na cidade foi igual ao número da França inteira: 750 casos.

Segundo a delegada Maritza Haisi, que foi a responsável por criar e implantar a Divisão de Homicídios, a investigação dos casos melhorou. Foram mais de 150 prisões no ano passado. No entanto, isso não foi suficiente.

“A função da Divisão não é preventiva. Os números de resolução e de prisões melhoraram. Mas o homicídio é um crime que gravita em torno de outros crimes: tráfico, roubos, furtos. Para melhorar o número de homicídios tem que haver mais punições em todas essas áreas e em outras”, diz.

De acordo com a delegada, isso tem relação também com outras coisas, como o trabalho da Polícia Militar e questões sociais.

Ou seja: aumentar a estrutura da Homicídios ajuda. Mas não é isso que vai resolver todo o problema.

 

 

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